Depois de ter sido suspensa pela Liga Árabe no fim de semana, a pressão internacional sobre a Síria se intensificou nesta segunda-feira, com pedidos de vários líderes para que o presidente Bashar al-Assad renuncie. A União Europeia ampliou suas sanções contra a Síria, enquanto o rei Abdullah da Jordânia disse que a Assad deve renunciar. Na Arábia Saudita, o jornal Arab News, que é ligado à família real, publicou um editorial com o título ‘É hora de Assad ir’.

O rei da Jordânia pediu a saída de Assad durante uma entrevista transmitida pela BBC. ‘Se eu estivesse em seu lugar, eu renunciaria’, disse Abdullah. ‘Eu renunciaria e me certificaria de que qualquer um que viesse depois de mim teria a capacidade de mudar o status quo que estamos vendo’, afirmou o rei.

Reação síria

O ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid al-Muallem, chamou a suspensão da Síria de ‘ilegal’ e um passo ‘muito perigoso’. Ele também criticou as relações da Liga Árabe com os EUA, chamando Washington de um ‘membro não oficial’ do bloco. O apoio dos EUA à decisão da organização foi uma ‘incitação’, disse o ministro durante uma entrevista coletiva à imprensa em Damasco, um dia depois de o governo sírio ter solicitado uma reunião de cúpula de emergência da Liga Árabe para tratar da crise.

Apesar de ter aceito no dia 2 de novembro um plano da Liga Árabe para acabar com a violência, o governo de Assad continua a atacar os dissidentes. Nesta segunda-feira, as forças de segurança mataram 37 manifestantes, segundo informou a tevê Al Arabiya, citando ativistas.

No dia 7 de novembro, os EUA disseram que 71 civis foram mortos nos três dias anteriores. Oito meses de violência já resultou na morte de mais de 3.500 manifestantes na Síria, segundo informou as Nações Unidas no dia 8 de novembro.

Em Bruxelas, a União Europeia divulgou nota informando que acrescentou o nome de 18 pessoas da Síria a uma lista que prevê o congelamento de ativos e proíbe viagens por suposta ‘responsabilidade em violações dos direitos humanos’.