“Vença o medo!”, O silêncio traz a morte”, “Não deixe chegar ao limite da dor, “Diga não à violência!”. Com essas frases de impacto, cerca de 300 mulheres se reunem contra qualquer tipo de abuso.

Com faixas, camisetas, adesivos e gritos de apelo contra a violência doméstica, cerca de 300 mulheres se reuniram em passeata na manhã deste sábado (26). A manifestação, que recebeu o título “Rompendo o Silêncio”, foi organizada pela Igreja Universal e percorreu a Avenidade Afonso Pena, da Avenida Calógeras até a Praça do Rádio Clube.

Para aquelas que já foram violentadas e abusadas, o movimento teve um sentido bem maior. No clamor da fé, a esperança em acabar com a violência vinha estampada no brilho dos olhos de cada uma.

É o caso de Ana Rita Alves, de 44 anos, que sofreu duas tentativas de estupro, a primeira aos 11 anos, e a outra aos 20. “Acho que foi Deus que estava cuidando de mim para o estupro não ser consumado”, diz a mulher, que também reforça a importância de denunciar as agressões. 

Mesmo sem nunca ter sofrido qualquer tipo de violência, Ana Carolina do Nascimento, de 19 anos, marcou presença na passeata e levantou a bandeira a favor da mulher. “Sou contra a violência, por isso estou aqui”, disse a jovem, distribuindo panfletos e chamando os populares para participar da manifestação.

A porta-voz do encontro, Cintia Ferraz, de 34 anos, disse que apesar de não ter sofrido violência doméstica já presenciou muitas em seu âmbito familiar. “Nosso objetivo é ajudar as mulheres que sofrem de abusos e violência doméstica. Aproveitamos para celebrar o Dia Internacional do Combate à Violência contra a Mulher, comemorado nesta sexta-feira (25), para divulgarmos a importância de denunciar as agressões e combatê-las definitivamente”, explicou Cintia.

Na tarde de hoje, às 15h, a delegada da Mulher, Rosely Aparecida Molina, ministra a palestra “Rompendo o Silêncio”, que acontece na Igreja Universal, localizada na Avenida Mato Grosso, 921. A palestra conta com a participação da major Sandra Regina, da secretria de Política Pública da Mulher, e da organizadora do evento Valéria Silva.

Em paralelo à palestra, as participantes terão direito a atendimento psicológico para oferecer assistência a mulheres que sofreram abuso.