Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, começa na próxima terça-feira (1º) e vai até o dia 13 a segunda edição da mostra de cinema Mulheres na Direção, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. O evento reúne filmes de diversas épocas e nacionalidades e a programação destaca a contribuição das mulheres que dirigem produções cinematográficas em todo o mundo.

Neste ano, o destaque será a pré-estreia nacional do novo filme da cineasta dinamarquesa Susanne Bier, Em um Mundo Melhor. Ele foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2011 e será exibido na abertura do evento, com entrada franca. O longa entra em cartaz nos cinemas brasileiros no dia 11 de março.

De acordo com um dos organizadores do evento, Rafael Carvalho, a mostra que homenageia as mulheres foi montada com base em pesquisas no acervo da cinemateca e outras instituições culturais, inclusive internacionais . “Dentro desse universo, escolhemos exibir filmes dirigidos por cineastas mulheres, com ampla diversificação temática.”

A mostra contempla desde pioneiras como Nicole Vedrés, responsável pela direção de um clássico do documentário francês, Paris 1900, um retrato da belle époque e do impacto da guerra sobre a França, a cineastas menos conhecidas como Euzhan Palcy, primeira diretora negra a filmar em Holywood, que marca presença com o melodrama Rue Cases-Négres .

Há também na programação exemplos marcantes de filmes dirigidos por mulheres entre as décadas de 1980 e os anos 2000. Clémentine Tango, primeiro longa da cineasta francesa Caroline Roboh, revive a atmosfera dos antigos cabarés parisienses. Outra produção francesa que participa da mostra é Le Destin de Juliette, de Aline Issermann, melodrama sobre uma moça obrigada pela família a se casar por conveniência.

Carvalho disse que o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher é o momento ideal para que a Cinemateca divulgue um universo que nem sempre pode ser abrangido com outras programações. “Mulheres na Direção é um recorte abrangente no qual podemos passar uma série de coisas, desde um documentário de 1947 a um filme indicado ao Oscar. Assim também procuramos resgatar obras que passaram pelo circuito comercial e que há muito tempo não vão para as telas.”