A residência fica num Condomínio com cerca de 70 casas, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

A reportagem do Midiamax registrou neste sábado (12) a luta de uma família para ‘remover um poste’ em frente à garagem da casa. A situação crítica foi encontrada no Residencial Palmares 2, no bairro Monte Castelo, em Campo Grande.

“Desde quando mudei pra cá, estou travando uma grande batalha pra conseguir tirar este poste da frente da minha residência”, afirmou Andreia Rosa Neves.

Andreia mora há quase 7 anos no Condomínio. No local, são 68 residências, mas apenas ela foi a “iluminada”, quer dizer, a premiada com um poste na calçada, na frente da garagem da casa. Andreia é portadora de deficiência física e reclama que teve a acessibilidade muito comprometida. “Não estão respeitando meus direitos como consumidora e nem como portadora de necessidades especiais”.

Em contato com a empresa Concessionária de Energia, ela foi informada que teria que desembolsar “R$ 3.389,00” para remover o poste. “Estão cobrando um valor absurdo e eu não tenho a obrigação de pagar. Estou procurando meus direitos, vou até o fim”, desabafou.

No dia 07 deste mês (novembro), houve a primeira audiência no Procon. “Mas pelo que tudo indica, não querem tirar o poste sem custos. A advogada da empresa disse que se eu quiser removê- lo, tenho mesmo que pagar”.

Persistente, saindo do Procon, foi direto procurar outros meios. A primeira audiência na 3ª Vara Cível já está marcada para 07/12 (dezembro deste ano).

Mais reclamações

Como são dois carros na casa, nossa reportagem registrou o exato momento em que o marido dela chegou e realizou as manobras para estacionar o veículo na garagem.

A moradora do Condomínio citou outro problema. Segundo ela, as contas de energia da casa estavam vindo no valor médio de R$ 70,00, mas recentemente mudou bastante. “Depois que comecei a lutar pra removerem o poste, minha conta subiu para R$ 170,00, em média. Na audiência, eu reclamei; e a advogada disse que houve um ‘erro de leitura’, critica Andreia.

A fonaudióloga explicou que financiou a casa com desconto de 20% direcionado aos portadores de necessidades especiais e quando se mudou o poste já estava ali, na frente da garagem. “Não quero nenhum tipo de indenização, só quero que tirem esse poste da frente da minha casa”, finalizou Andreia.

A posição da Enersul

A batalha de Andreia pelo visto vai longe. A Assessoria de imprensa da Enersul informou que ‘a rede de energia foi instalada naquela área do Residencial Palmares 2 antes’ da construção das 68 casas. “E quando foi feita a instalação, ainda não havia um projeto civil para a obra das residências”, explicou a assessoria.

A empresa, por meio dos assessores, disse ainda que ‘quando uma rede de energia será instalada em uma área e já existe um projeto civil de construção, os dois projetos são confrontados para não existir problemas’ como esse que ocorreu, como a história de Andreia.

Já em relação ao custo para a remoção, cerca de R$ 3.400,00 reais, a empresa Concessionária de Energia informou que, neste caso específico, ‘o processo é mais caro porque trata-se de um poste base, chamado de estrutura principal da rede’, por isso, a dificuldade para remoção e esse preço diferenciado.

Mais postes, desta vez no asfalto

Para quem não acompanhou, nossa reportagem flagrou outra situação, mas desta vez onde o asfalto foi feito com ‘quatro postes no meio da rua’. O caso ocorreu na rua Panônia, no bairro Novo Amazonas, próximo ao Montevidéo, em Campo Grande.

Para ler a matéria na íntegra, em notíciais relacionadas (abaixo)