A possível retirada de alguns inibidores de apetite do mercado brasileiro continua a provocar polêmica. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) defende a proibição da venda dos medicamentos à base de anfepramona, femproporex e mazindol (que são anorexígenos anfetamínicos) ou à base de sibutramina. Mas não conta com o apoio de todos os médicos e farmacêuticos. Essa controvérsia se repetiu na audiência pública promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) nesta segunda-feira (2).

O diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, lembrou que a proposta de retirada está baseada em uma avaliação técnica feita pela agência. E também observou que tais medicamentos foram banidos ou tiveram seu uso restrito em diversos países.

Segundo o diretor-presidente da Anvisa, o estudo concluiu que apenas 30% das pessoas tratadas com sibutramina perderam pelo menos 5% do peso após três meses (dado que se refere à eficácia da substância), além de registrar um aumento de 16% no risco cardiovascular desses pacientes.

Dirceu Barbano disse que “produtos como esses só podem permanecer no mercado se a autoridade sanitária garantir sua segurança e saúde, mas, até o momento, não recebemos contestações robustas e substanciais mostrando que tais medicamentos são seguros e eficazes”.