Uma noite de temperatura quente neste sábado, 12 de novembro, e a população de Corumbá foi para a praça prestigiar a abertura do II Corumbá em Dança, evento realizado pela Prefeitura Municipal, com o propósito de mostrar o trabalho da Oficina de Dança de Corumbá e grupos convidados do Estado.

Um grande palco foi montado, além de uma estrutura com cadeiras e arquibancadas para receber o público que chegou cedo para garantir um lugar durante as apresentações da noite. Momentos antes da abertura, a movimentação dos bailarinos atrás dos palcos era intensa: aquecimento, troca de figurinos, retoques em penteados e maquiagem.

Nesse clima reencontramos, Edelton Mendes Amorim, 21 anos, há três como bailarino da Oficina de Dança. O Diário o entrevistou no final do mês passado durante os ensaios e, há poucos instantes de abrir o evento, ele mostrava-se ansioso.

“É a primeira vez que danço numa estrutura imensa, bem no centro da cidade. Eu tenho uma responsabilidade muito grande pelo fato de sermos (bailarinos da Oficina de Dança) os anfitriões, estive desde às 07 horas da manhã ensaiando sem parar”, revelou o jovem que se apresentaria três vezes. “A sensação de entrar e sair do palco é diferente, porque a cada apresentação a gente quer dar o melhor de nós mesmos”, disse.

Morando há quase um ano e meio em Dourados, a bailarina cubana Lorena mostrava-se bastante feliz por estar pela primeira vez em Corumbá. Ela, que foi convidada para ser professora na academia Blanche Torres, diz que o brasileiro traz uma vocação para a dança.

“É minha primeira vez, não tinha estado aqui antes, mas conhecia por ouvir falar do movimento cultural muito forte que a cidade tem, principalmente, na dança. Pra mim foi um presente ter recebido esse convite da Oficina”, disse ao se referir ao povo brasileiro como aquele “que gosta de dançar”.

Mais experiente nos palcos de Corumbá, o bailarino Júlio César Floriano dos Santos, da Cia. Dançare e da Cia do Mato, de Campo Grande, explicou uma marca do público corumbaense.

“Já sou um veterano, estou num trabalho há 4 anos com a Oficina de Dança, pois sou ensaiador junto ao trabalho do coreógrafo Chico Neller. Participei por 3 anos de outros eventos de dança que aconteciam aqui e adoro dançar em Corumbá porque o público é tão quente quanto a temperatura. É bom porque a gente já entra no clima, quente, também”, afirmou.

Para o bailarino, coreógrafo e acadêmico de Educação Física, Jô Diuary, se apresentar num evento a convite da Oficina de Dança é muito significante. Hoje, ele coordena o Uno Grupo de Dança, da UFMS, porém começou sua trajetória há 12 anos da Oficina de Dança.

“Hoje, me bate uma saudade, voltando às origens. Através dessa temporada que passei lá (Oficina) é que tive essa oportunidade de buscar outros horizontes, ingressei na universidade onde criamos o grupo Uno. Agora, reencontrando amigos, parceiros e profissionais unidos pelo amor à arte, isso é muito significativo”, comentou.

Evolução
O coordenador da Oficina de Dança de Corumbá, Joílson Cruz, disse que a proporção que o espetáculo ganhou com três noites de apresentações na praça reflete a evolução que o projeto ganhou ao longo de sua existência que já somam 12 anos.

“É o resultado de um trabalho, a credibilidade de um trabalho durante anos que a gente faz na cidade. A proposta é mantê-lo na praça para que possamos dar a nossa querida cidade e aqueles que nos visitam essas noites de magia, de arte, de entretenimento. Vemos que o corumbaense aprecia muito a arte da dança e, com certeza, nossa intenção é fazer esse evento crescer ao cada ano”, afirmou.

Ele destacou ainda que o Corumbá em Dança proporciona ao público a chance de assistir grupos renomados dentro do Estado, além de aplaudir os talentos locais. Para os bailarinos, a experiência do contato com outros grupos traz um crescimento profissional e pessoal sem igual.

O II Corumbá em Dança continua neste domingo, 13 de novembro, e tem programação na noite de segunda-feira, dia 14. Veja mais fotos no Vitrine Virtual