O Conselho Nacional de Imigração (CNIg) concedeu nesta quarta-feira (22) a 237 haitianos autorização para permanência no Brasil. Eles vieram para o Brasil após o terremoto que atingiu o Haiti em janeiro de 2010. A maior parte deles ingressou ilegalmente por Tabatinga (AM), cidade localizada na fronteira com o Peru e com a Colômbia.

 Os pedidos para a permanência dos haitianos no Brasil foram encaminhados ao CNIg pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare). O CNIg, órgão colegiado que coordena e orienta as atividades de imigração, realizará, segundo o Ministério do Trabalho, “uma última verificação para conferir se todos os casos encaminhados pelo Conare se enquadram no fator humanitário”.

Segundo o presidente do CNIg, Paulo Sérgio de Almeida, praticamente todos os haitianos declararam possuir alguma profissão. “Este fator é que faz com que muitos já estejam empregados no Brasil, mesmo com a barreira do idioma, como os que estão em Manaus, quase todos já empregados. O CNIg reforçará medidas de cooperação com o Haiti e pretende aprofundar o diálogo com o país, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), com foco no tema da imigração”, disse.

De acordo com o Ministério do Trabalho, a maioria dos imigrantes haitianos é homem, com idade entre 20 e 30 anos e grau de escolaridade correspondente ao ensino médio incompleto. A maior parte deles, segundo o ministério, declarou o desejo de se estabelecer e trabalhar no Brasil.