Giroto blinda diretor geral do Dnit durante audiência na Câmara
Mesmo pedindo o requerimento para o Congresso Nacional chamarem o ex-ministro Alfredo Nascimento e o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, ambos PR, para se explicarem sobre a crise no Ministério dos Transportes, o deputado sul-mato-grossense Edson Giroto (PR) não se conteve e blindou o máximo possível o Pagot dura…
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Mesmo pedindo o requerimento para o Congresso Nacional chamarem o ex-ministro Alfredo Nascimento e o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, ambos PR, para se explicarem sobre a crise no Ministério dos Transportes, o deputado sul-mato-grossense Edson Giroto (PR) não se conteve e blindou o máximo possível o Pagot durante audiência pública conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle; e de Viação e Transportes.
Em determinado momento o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) apresentou um documento e convidou Pagot a assina-lo e abrir os sigilos e seus docuemntos. Pagot aceitou e em sua defesa veio o deputado sul-mato-grossense Giroto que questionou o tucano dizendo que era uma audiencia e não uma Comissão Parlamentar de Inquerito(CPI). Além de Giroto outro ferrenho defensor foi o deputado Sergio Brito (PSC-BA).
Ontem, Pagot , adotou a mesma estratégia aplicada na terça em seu depoimento no Senado: apresentar a estrutura do Dnit para argumentar que não lhe cabia tomar decisões isoladamente, ou seja, ele divide as responsabilidades com toda a cúpula do órgão.
Nessa linha de defesa, Pagot amarra o destino de todos os diretores do Dnit ao seu. Ele demonstra aos parlamentares que todas as decisões do órgão são tomadas por ele e outros seis diretores, entre os quais o petista Hideraldo Caron, da diretoria de Infraestrutura Rodoviária. Ele acrescenta que o colegiado de diretores também decide em parceria com um conselho de administração, formado pelas cúpulas de vários ministérios.
Assim como na terça-feira, Pagot também ressaltou que todas as decisões do órgão são tomadas por “unanimidade”, embora o regimento interno autorize a execução de projetos avalizados por maioria absoluta. Pagot afirmou ainda que sua permanência no cargo dependerá do Planalto.
Questionado pelo deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) se tem expectativa de continuar no comando do órgão, o diretor do Dnit respondeu que essa decisão caberá à presidente Dilma Rousseff. Depois que seu depoimento no Senado foi bem recebido por parlamentares da base governista, os aliados passaram a trabalhar para preservá-lo no cargo.
Nos bastidores, deputados do PR e de outros partidos da base aliada trabalham para preservá-lo no comando do Dnit. A avaliação de lideranças de outros partidos é não compensa o desgaste com o PR, que tem uma bancada de 40 deputados e cujo eventual rompimento com o Planalto comprometeria a governabilidade.
Pagot também reafirmou que não está afastado do cargo, mas simplesmente de férias. Ele esclareceu que não saiu de férias em meio à crise no Ministério dos Transportes, porque elas estavam programadas desde novembro do ano passado. Com isso, ele reassume o cargo em agosto, caso não seja exonerado nos próximos dias.
Paz selada
Parece que a crise que se instaurou entre o governo Dilma e o PR já acabou.Ontem foi ofericido um coquetel no Palácio da Alvorada, para ministros, líderes e parlamentares de partidos da base aliada reuniu o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e os dois líderes do PR. “Isso [o desentendimento entre o governo e o PR] é pagina virada.
O importante é que o Ministério dos Transportes execute, de forma ética e responsável, as obras importantíssimas que esse ministério tem para tocar”, disse a ministra Ideli Salvatti Ideli Salvatti declarou ainda que a permanência de Luiz Antonio Pagot na direção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ainda não está definida.
A ministra também falou que, durante o coquetel, a presidente Dilma agradeceu a parceria, o esforço e trabalho dos integrantes do governo nesses primeiros seis meses de mandato. A presidenta também destacou, segundo a ministra, a aprovação do salário mínimo e o compartilhamento das responsabilidades pelos ajustes fiscais no combate à inflação.
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