O deputado federal Edson Giroto (PR), apontado como articulador do governador André Puccinelli (PMDB) junto à presidente Dilma Rousseff (PT) mantém o discurso de oposição dos tempos em que fez campanha para José Serra, no ano passado. Pelo menos em Mato Grosso do Sul.

Nesta semana, a assessoria do deputado federal, braço direito de Puccinelli, que supostamente estaria fazendo o ‘meio de campo’ entre Dilma e o governador, divulgou material de Giroto chamando de “enrolação” a decisão do Palácio do Planalto de prorrogar por 90 dias o prazo para execução das emendas parlamentares.

O republicano, que é vice-líder do bloco parlamentar PR, PRB, PTdoB, PRTB, PRP, PHS, PTC, PSL, disse que o grupo decidiu que não haveria condições de perder os R$ 4,5 bilhões referentes aos restos a pagar do Orçamento Geral da União de 2009, por isso houve outra reunião com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para convencê-la de que o pagamento era primordial para as economias municipais.

Pelo Decreto 7.468/11, as emendas perderiam a vigência hoje. A crítica é resultado de avaliação após reunião com outros líderes partidários e com os 64 integrantes do bloco. Na tarde de ontem, os deputados que compõem o bloco partidário estiveram reunidos para avaliar os prejuízos aos pequenos municípios com o fim do prazo para liberar os recursos.

Após Dilma Roussefff retornar de viagem oficial ao Paraguai, na noite de ontem, Salvatti anunciou a prorrogação por 90 dias do prazo para liberar o dinheiro, mas não teria dado garantia de que haverá o pagamento, garante Giroto.

“O compromisso era pagar as emendas, não enrolar. o Governo está tentando empurrar para agosto o repasse dos recursos”, disparou Giroto, completando que a decisão da presidente Dilma Rousseff “mantém a inadimplência nos municípios, comprometendo toda uma rede econômica local. Há uma paradeira geral nas cidades pequenas.