Expectativa de vendas no Natal faz empresas buscarem mais crédito, diz Serasa
A aproximação do período em que, tradicionalmente, a indústria recebe mais encomendas de produtos para o Natal provocou maior procura das empresas brasileiras por crédito em julho. O Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito mostra um aumento de 3,4% em relação a junho, quando a taxa havia caído 3,1%. Na comparação com […]
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A aproximação do período em que, tradicionalmente, a indústria recebe mais encomendas de produtos para o Natal provocou maior procura das empresas brasileiras por crédito em julho. O Indicador Serasa Experian da Demanda das Empresas por Crédito mostra um aumento de 3,4% em relação a junho, quando a taxa havia caído 3,1%. Na comparação com julho do ano passado, houve uma expansão de 6,6%.
No acumulado do ano, no entanto, a procura cresceu em velocidade menor do que em 2010, 2,3% contra os 7,7% registrados de janeiro a julho do ano passado.
Em julho deste ano, as empresas que mais procuraram crédito foram as micro e pequenas (3,6%), seguidas pelas de grande porte (2,9%) e pelas médias (0,1%). O único segmento em queda foi o exportador (-0,5%).
O gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi, considera normal o crescimento do crédito para as empresas em julho. Ele lembrou que sempre nessa época a indústria precisa de capital de giro para atender as encomendas de final de ano. Ele observou, porém, que no acumulado do ano o ritmo de crescimento está mais lento, o que indica que o movimento no comércio no Natal “vai crescer em índice menor”.
Sobre o recuo na procura das empresas exportadoras por crédito,o economista atribuiu esse resultado às condições desfavoráveis que têm mantido o dólar norte-americano em baixa ante o real; à maior concorrência com os importados e ao desaquecimento do mercado externo. Para Rabi, ainda não é possível prever o impacto que o Brasil poderá sofrer diante das recentes turbulências que provocaram quedas nos negócios nas bolsas de valores em todo o mundo.
Ele alertou que as desconfianças quanto à capacidade de os Estados Unidos e países da zona do euro honrarem os seus compromissos resultou até agora em um cenário com menos sequelas do que na crise financeira internacional de 2008. “Em 2008, tivemos a paralisia dos financiamentos, o que atingiu a corrente do comércio e neste episódio o crédito não foi afetado”, destacou.
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