O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saudou neste sábado (12) a decisão da Liga Árabe de suspender a Síria. Ele considerou a decisão “uma etapa importante” que “demonstra o crescente isolamento diplomático” do regime de Bashar Al Assad [presidente sírio]. Obama elogiou, em comunicado divulgado em Washington, “a iniciativa da Liga Árabe para pôr fim à crise e responsabilizar o governo sírio” pela repressão das manifestações da oposição e pelas violações dos direitos humanos.
A suspensão, aprovada hoje pela maioria dos países-membros da liga, também foi saudada pela União Europeia, por intermédio de um porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton. “Apoiamos plenamente as decisões tomadas hoje pela Liga Árabe, as quais mostram o crescente isolamento do regime sírio”, disse o porta-voz Michael Mann.
A decisão da Liga Árabe determina a suspensão da Síria dos trabalhos da organização até “a aplicação completa do plano árabe para uma saída da crise”, aceita pelo governo de Damasco em 2 de novembro.
A Liga Árabe apelou também para a aplicação de sanções econômicas e políticas contra o regime de Damasco e convidou a oposição síria a reunir-se na sede da organização, no Cairo, dentro de três dias.
A posição assumida pela liga foi também saudada pelos governos do Reino Unido e da França. O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, William Hague, saudou “a firmeza” da liga ao tomar uma decisão que ilustra “a frustração dos seus membros em face da intransigência do presidente Assad” de cessar a repressão aos movimentos de oposição ao regime. “No momento em que a violência das forças de segurança se intensifica nas ruas da Síria, nós, como outros membros da comunidade internacional, partilhamos dessa frustração”, completou Hague.
Alain Juppé, ministro dos Negócios Estrangeiros da França, também elogiou as medidas tomadas pela Liga Árabe, considerando que elas confirmam “ser mais do que tempo de aumentar a pressão sobre o regime sírio para que cesse imediatamente a repressão selvagem contra a população”. Em comunicado, Juppé apelou igualmente à comunidade internacional para que atue “em todas as instâncias apropriadas”.
O movimento de contestação ao regime sírio, iniciado em 15 de março, tem sido violentamente reprimido pelas forças de segurança do regime. Segundo as Nações Unidas (ONU), pelo menos 3,5 mil civis foram mortos desde então.