De olho na indústria, moradores da Nhá-Nhá participam de cursos profissionalizantes
Realizado em 18 bairros de Campo Grande, o programa atendeu 2400 pessoas.
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Realizado em 18 bairros de Campo Grande, o programa atendeu 2400 pessoas.
Começou nesta segunda-feira (7), na Vila Nhá-Nhá, os cursos de informática básica e costura industrial, realizados dentro do programa Ação Fiems Campo Grande, que oferece aulas gratuitas de qualificação profissional até os moradores da periferia da capital.
O curso de informática básica fechou uma turma com 102 alunos, que foi dividida nos turnos matutino, vespertino e noturno. Junto com o módulo, que é ministrado no ginásio Guanandizão pelo instrutor Ivanilson Rocha, os alunos também participam da palestra Administre seu Dinheiro de Forma Consciente, que dá dicas sobre como planejar os gastos domésticos.
No de costura industrial, realizado em um comércio desativo na Rua dos Peixes, participam 60 pessoas, também divididas em três turmas. Segundo a instrutora do Senai Inês Moura Silveira, as alunas contam com equipamento de ponta e ao final estarão capacitadas para o mercado de trabalho.
De acordo com dados da Fiems, de janeiro a agosto de 2011, a indústria de têxtil e vestuário de Mato Grosso do Sul gerou 667 novos empregos. Porém, segundo Silvia Pasqualotto Jandre, supervisora técnica do Vestuário Fatec Senai, ainda há menos mão de obra do que o mercado precisa. “O número de empresas de grande porte cresceu muito na região e há vagas para quem se qualifica”, diz Silvia.
Para a dona de casa Patrícia Pereira Justino, de 31 anos, mãe de dois filhos, mesmo sem nunca ter costurado, o curso representa uma oportunidade de se inserir no mercado de trabalho. “Quero me profissionalizar para conseguir entrar em uma empresa”.
Aos 66 anos, a dona de casa Eraci Vieira, que faz o curso de costura industrial, sonha em conseguir uma vaga no mercado. “Sempre costurei em casa, para a família, mas se eu tiver oportunidade, quero muito trabalhar”, conta, com um sorriso estampado no rosto.
O curso também beneficia quem já tem o próprio negócio e quer apenas se especializar em outras áreas, como é o caso da costureira Dalva Azevedo Barbosa, que pretende investir na serigrafia. “É muito caro uma arte para estampar, agora eu mesma vou poder fazer e economizar”, diz Dalva, uma das alunas do curso de informática.
Projeto
O programa Ação Fiems Campo Grande já atendeu 18 bairros e beneficiou 2400 pessoas. Após concluir os cursos na Vila Nhá-Nhá, o programa segue para a Cophavilla II, onde 300 pessoas já fizeram a inscrição prévia.
Segundo Maria José dos Santos Souza, responsável pela Educação Continuada de Campo Grande, a Fiems também indica profissionais egressos dos cursos para a indústria. “Só é preciso interesse das pessoas, não adianta fazer o curso e se acomodar, tem que aproveitar a oportunidade”.
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