Consórcio de bancos franceses vence licitação da Eletrobras para empréstimo

Um consórcio de bancos franceses, liderado pelo Société Génerale e integrado pelo BNP Paribas e Crédit Agricole, entre outras instituições, foi o vencedor da licitação feita pela Eletrobras para obtenção de empréstimo internacional no valor de 1,5 bilhão de euros. O financiamento é necessário para a conclusão da Usina Nuclear Angra 3, no município de […]

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Um consórcio de bancos franceses, liderado pelo Société Génerale e integrado pelo BNP Paribas e Crédit Agricole, entre outras instituições, foi o vencedor da licitação feita pela Eletrobras para obtenção de empréstimo internacional no valor de 1,5 bilhão de euros. O financiamento é necessário para a conclusão da Usina Nuclear Angra 3, no município de Angra dos Reis.

O gerente de Planejamento e Orçamento da Eletronuclear, Roberto Cardoso Travassos, disse que a proposta do consórcio francês foi entregue hoje (18) e está sendo analisada pela holding Eletrobras e pela estatal, antes de ser enviada aos ministérios do Planejamento e da Fazenda e ao Congresso Nacional. “Um contrato dessa monta de empréstimo internacional tem que passar pelo Senado.”

Travassos participou do primeiro dia de trabalhos do 2º Seminário Nacional de Energia Nuclear, no Rio de Janeiro. Ele informou que os recursos do consórcio serão aplicados em serviços de engenharia estrangeira e aquisição de equipamentos importados da empresa Areva, da França.

O gerente destacou que o empréstimo já conta com aval da agência alemã de seguro ao crédito de exportação. “É um aval do governo alemão para a concessão desse crédito”. Isso se explica porque os equipamentos serão adquiridos no mercado alemão. “Isso é uma garantia ao fabricante alemão que vende para a Areva, que repassa os equipamentos para a Eletronuclear, de que ele vai receber o dinheiro, caso haja algum problema de não pagamento dos empréstimos por parte da Eletronuclear. É um seguro ao crédito de exportação”.

A Usina Angra 3 tem custo total estimado de R$ 9,9 bilhões. Desse total, R$ 6,1 bilhões serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 890 milhões serão alocados pela Eletrobras, com recursos da Reserva Global de Reversão-RGR (fundo federal constituído por recursos de quotas incidentes sobre os investimentos em instalações e serviços das concessionárias de energia elétrica).

A perspectiva é que a Eletrobras conclua a avaliação da proposta francesa até fevereiro para que ela possa ser enviada aos ministérios em março e encaminhada ao Senado ainda este ano. O desembolso do empréstimo internacional está previsto para 2012.

A previsão é que a usina comece a funcionar em 2015, com capacidade total de 1,405 mil megawatts (MW) de potência.

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