Combustíveis e alimentação puxam inflação para baixo pela primeira vez no ano
Inflação acumulada em 2011 alcança 4,16% e no acumulado dos últimos 12 meses é de 7,46%, permanecendo acima do limite superior da meta inflacionária do país estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 6,5%
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Inflação acumulada em 2011 alcança 4,16% e no acumulado dos últimos 12 meses é de 7,46%, permanecendo acima do limite superior da meta inflacionária do país estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 6,5%
Pela primeira vez no ano de 2011, o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) registrou deflação, da ordem de (-0,19%), no mês de junho. O IPC/CG é calculado mensalmente pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Anhanguera/Uniderp.
“Os recuos nos preços dos combustíveis e de produtos de alimentação fizeram com que a Capital tivesse essa primeira deflação do ano. Medidas tomadas pelo governo federal, além da regularização na oferta de combustíveis e baixas das carnes bovina, suína e de frango, fizeram com que o índice de inflação recuasse”, analisa o coordenador do Nepes Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza.
O coordenador observa, ainda, que a inflação acumulada em 2011 alcança 4,16% e no acumulado dos últimos 12 meses é de 7,46%, permanecendo acima do limite superior da meta inflacionária do país estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 6,5%. O centro da meta é de 4,5%, com tolerância de 2% para mais ou para menos. “Apesar de a inflação começar a cair, ainda é necessário que o Governo continue atento à sua evolução”, afirma.
Dos sete grupos que compõem o IPC/CG, destacaram-se com altas no mês de junho os grupos: Saúde, Vestuário, Habitação, Despesas Pessoais e Educação. Os grupos que registraram deflação foram: Transportes e Alimentação. A maior contribuição positiva para a inflação foi do grupo Habitação, com 0,19% e a maior contribuição negativa foi do grupo Transportes, com (-0,28%). As contribuições são diretamente proporcionais aos índices com as respectivas ponderações.
Em junho de 2011, o grupo Habitação apresentou inflação moderada de 0,58%, em relação ao mês de maio devido, principalmente, aos aumentos nos seguintes produtos/serviços: pilha 7,14%, máquina de lavar roupa 6,24%, limpa vidros 6,22% e ventilador 6,20%. Quedas de preços ocorreram com os produtos: televisor (-6,08%), aparelho de som (-5,14%), fogão (-2,52%) e lâmpada (-2,10%).
Também apresentou moderada inflação o grupo Despesas Pessoais, da ordem de 0,30%. Aumentos de preços ocorreram com os seguintes produtos/serviços: papel higiênico 4,39%, absorvente higiênico 2,61% e hidratante 2,13%. Quedas de preços foram registradas com: creme dental (-2,36%), fio dental (-0,93%) e protetor solar (-0,70%).
O grupo Saúde registrou forte inflação de 0,96%, assim como o grupo Vestuário 0,81%. No primeiro, destacando com aumento nos preços de produtos e/ou serviços: radiografia 8,97%, antidiabético 3,58%, psicotrópico e anorexígeno 3,51%, vitamina e fortificante 3,07%. Queda de preço ocorreu somente com anticoncepcional e hormônio (-0,10%). No grupo Vestuário, tiveram alta os seguintes produtos: bermuda e short feminino 5,44%, lingerie 4,93%, sapato masculino 4,65%, sapato feminino 2,03% e camiseta masculina 1,99%. Os outros itens deste grupo permaneceram com preços estáveis.
O grupo Educação apresentou pequena alta em seus valores, da ordem de 0,03%, devido a aumentos em preços de papelaria, em média de 0,33%. Já o índice do grupo Alimentação apresentou deflação de (-0,92%). “Esse grupo tem um comportamento especial devido a fatores climáticos ou a sazonalidade de alguns de seus produtos, principalmente, no setor de hortifruti. Alguns produtos aumentam de preços ao término da sua safra, outros diminuem quando entram na safra. Assim, os produtos que mais pressionaram para cima a inflação do grupo foram: tomate 14,24%, queijo-de-minas 11,41%, manteiga 8,68% e linguiça fresca 8,47%. Por outro lado, alguns produtos desse grupo tiveram quedas de preços significativas como: batata (-22,79%), cenoura (-17,35%), uva (-14,86%), manga (-11,65%) e maracujá (-11,41%)”, diz pesquisador do Nepes Anhanguera-Uniderp, Jose Francisco dos Reis Neto.
No item carnes, do grupo Alimentação, foram constatados para a carne bovina, aumentos de preços de alguns cortes e quedas em outros, destacando-se as principais quedas de preços: alcatra (-4,47%), contra-filé (-3,10%), paleta (-2,80%) e músculo (-2,41%). Com altas significativas destacaram-se: costela 5,59%, picanha 1,76% e vísceras de boi 0,88%. Os cortes da carne suína apresentaram quedas nos cortes: pernil (-1,71%), bisteca (-0,33%). A costeleta apresentou alta de 0,60%. Os miúdos de frango apresentaram quedas de preços, em média, de (-2,94%) e o frango congelado teve queda de (-2,67%).
Outro grupo que apresentou deflação foi o de Transportes. Registrou-se forte queda em seu índice, da ordem de (-2,04%), devido principalmente ao recuo do preço da gasolina, que foi de (-8,15%). O etanol e o diesel tiveram pequena quedas de preço, respectivamente, de (-1,81%) e (-1,18%). Automóvel também teve queda de preço, de (-0,30%). Aumentos ocorreram com ônibus intermunicipal 6,88% e pneu 3,29%. Os demais itens desse grupo permaneceram estáveis.
Inflação acumulada – A inflação acumulada até o mês de junho de 2011, na cidade de Campo Grande, foi de 4,16% e a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 7,46%, esta última acima do limite superior da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que para o ano de 2011 é de 6,5%, sendo o centro da meta de 4,5% com uma tolerância de (± 2%). “Com isso, o CMN tem reajustado seguidamente a taxa Selic, que regula os juros da economia do país, com a finalidade de controlar a inflação, encarecendo o crédito e, consequentemente, diminuindo o consumo. Os efeitos com certeza começam a aparecer com essa deflação ocorrida neste mês de junho.
“Observa-se que o grupo Alimentação apresenta um comportamento normal para a época do ano, não vindo mais pressionando a inflação, aliás, favorecendo a sua queda. Contrariamente, os grupos Saúde, Vestuário e Habitação foram os grupos que mais pressionaram para cima a inflação da cidade de Campo Grande neste mês de junho. Já o grupo Transportes pressionou a inflação para baixa, com a forte queda de preços da gasolina neste mês de junho, em média de (-8,15%)”, enfatiza o coordenador do Nepes, Celso Correia.
Em relação à inflação acumulada neste ano de 2011, destacam-se os grupos Educação com 9,82%, Vestuário 8,26%, Habitação 6,69% e Saúde 6,20%, com índices acima da inflação acumulada deste ano, que foi de 4,16%. O único grupo com inflação acumulada negativa é o grupo Alimentação, com (-1,21%). Quanto à inflação acumulada nos últimos 12 meses, destacam-se os grupos Vestuário 10,71%, Educação 10,34%, Habitação 8,58%, Saúde 7,94%, com índices acima da inflação acumulada em 12 meses, que foi de 7,36%.
Os dez mais e os dez menos do IPC/CG – Na composição do Índice de Preços ao Consumidor alguns produtos se destacam influenciando para mais ou para menos o índice do mês. Os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação em junho foram: Queijo-de-minas; Pneu, Costela; Tomate; Gás em botijão; Aluguel apartamento; Açúcar; Aluguel casa; Bebidas não alcoólicas e Linguiça fresca. Os dez produtos que contribuíram para frear a inflação em junho foram: Gasolina; Batata; Alcatra; Leite pasteurizado; Etanol; Diesel; Laranja pêra; Frango congelado; Contra-filé e Cenoura.
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