Cesar Cielo caiu na piscina do Julio Delamare na tarde desta segunda-feira disposto a alcançar a sua melhor marca nos 50m livre na temporada. O recordista mundial nadou as elimininatórias da prova no Troféu Maria Lenk tentando baixar os 22s08 obtidos no Grand Prix de Michigan. Mas não conseguiu. Completou a distância em 22s25 – segundo melhor tempo – e, embora tenha saído da piscina ofegante, garantiu que não forçou muito e nadou apenas para classificar. Ele terá nova chance de atingir o objetivo nas semifinais, nesta terça-feira, a partir das 10h. O mais veloz na primeira etapa foi Bruno Fratus: 22s08.

– Está bom. É a primeira prova, só para entrar na competição. É como se fosse um treino de segunda-feira. Não forcei muito no final, não. A ideia é melhorar na semifinal e na final. Não fiz 100% da minha força ainda. Tenho que esperar a final e o revezamento para ver se dá para nadar mais forte – disse Cielo, que ainda vai nadar outras cinco provas (100m livre, 50m borboleta e revezamentos 4x50m livre, 4x100m livre e 4x100m medley) na competição.

Dono da sexta marca de 2011, o nadador do Flamengo tem ao seu lado Bruno Fratus, e à sua frente o italiano Luca Dotto (22s04), o australiano Matthew Abood (22s02), o sueco Stefan Nystrand (22s01), e os rivais franceses Alain Bernard (21s98) e Fred Bousquet (21s82).

Há pouco mais de uma semana, na tentativa promovida pela CBDA, que visava a obtenção de índices para o Mundial de Xangai, em julho, Cielo reclamou dos blocos de partida, que acabaram sendo trocados. Ele considerou o atual melhor, mas admitiu que ainda precisa se adaptar. Na mesma ocasião, optou também por não nadar os 50m livre.

Após sua estreia no Maria Lenk 2011, o campeão olímpico e mundial acredita que será difícil melhorar seus índices. No Pan-Pacífico, em agosto do ano passado, Cielo fez 21s57 nos 50m livre.

– Acho que vai ser um pouquinho difícil eu nadar mais rápido que o Pan-Pacífico. Eu ainda não estou 100% da minha forma. Então, a ideia aqui é assegurar a vaga e tentar nadar o melhor possível para ganhar minhas provas e representar bem o Flamengo. Mas, rápido mesmo, só no Mundial – analisou.

Companheiro de clube e amigo de Cielo, Nicholas Santos segue na luta por uma vaga em Xangai. O experiente velocista conseguiu o terceiro tempo nas eliminatórias (22s60), mas não escondeu o desânimo ao olhar o placar e ver que não tinha conseguido a marca necessária para carimbar o passaporte.

– Eu nadei forte, não me poupei. Mas vamos ver o que rola. Ainda tenho mais duas chances na semifinal e final.