Casas construídas em cima de lixão em Mundo Novo são entregues neste domingo. Veja o vídeo

Casas populares foram construídas em Mundo Novo em parceria com o Governo Federal em cima de um lixão desativado da cidade. A denúncia é de um morador que mostra, por meio de fotos e de vídeos, que o lixão tem aflorado após chuvas no local. Em uma das gravações, o morador conversa com o secretário de obras e serviços públicos de Mundo Novo, Adacildo de Oliveira, que relata nem saber que ali havia um lixão. “Se eu soubesse disso não teria construído aqui”, confessa.

Em outro trecho do vídeo, o morador diz que o lixo pode gerar problemas nas casas. E o secretário responde: “nas casas não, o que pode dar são as fossas em cima desse lixo aí”. Mesmo assim o terreno que nem tinha recebido o alicerce para as construções na época da gravação foi utilizado. As imagens mostram um buraco a céu aberto com lixo exposto, que atrai ratos e exala mau cheiro. Além disso, ao retirar terra para os espaços destinados para fossas sanitárias, aparece o lixo que está por baixo das construções.

Veja o vídeo:

Das 151 casas do Conjunto Habitacional Universitário, 86 serão entregues neste domingo (2), às 9h, no local gravado pelo morador. A obra custou R$ 2.292.180,00 aos cofres públicos, com dinheiro da Prefeitura e do Governo Federal, pelo Ministério das Cidades.

O secretário de obras, Adacildo de Oliveira, foi procurado para falar sobre a denúncia mostrada pelo vídeo, mas disse não ter conhecimento do fato. Ao ser questionado a respeito da gravação na qual aparece indignado com a situação do terreno, disse não se recordar.

A Prefeitura Municipal de Mundo Novo é a responsável pela doação do terreno e a assessoria de comunicação nega que as casas tenham sido construídas em cima de um lixão. “Há um lixão desativado entre 2007 e 2008 ao lado das casas, mas não embaixo. Isso não é verdade”. 

O secretário de Estado de Habitação e das Cidades, Carlos Marun, que já entregou outras casas da mesma região e que estará presente amanhã na inauguração das novas unidades, diz nunca ter ouvido falar de irregularidades. “Já estive na cidade, olhei as casas e não presenciei nenhuma anormalidade. Pode ser um problema localizado, vou aproveitar que estarei lá amanhã para verificar esta situação”, finalizou.