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Casa de recuperação quer ampliar atendimento a dependentes químicos em Campo Grande

O Centro de Apoio de Dependentes em Recuperação Integrado funciona há dois anos. Cerca de 220 pessoas já passaram pelo local, 25 concluíram o tratamento
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O Centro de Apoio de Dependentes em Recuperação Integrado funciona há dois anos. Cerca de 220 pessoas já passaram pelo local, 25 concluíram o tratamento

A dependência de entorpecentes ou álcool levou 37 homens ao Cadri (Centro de Apoio de Dependentes em Recuperação Integrado), localizado em Três Barras, . Em 19 hectares, os internos plantam, cuidam dos animais, realizam as tarefas diárias e principalmente, têm a oportunidade de analisar a própria vida, tentar entender o motivo que os levou ao consumo de bebidas ou entorpecentes e, finalmente, deixar o vício. O tratamento no local leva nove meses.

O.M.C.,34 anos, está disposto a retornar para o interior paulista, sem a necessidade de consumir pasta base. O bacharel em Direito, contou que faltam dois meses para concluir o tratamento e, embora esteja próximo, ele não tem planos para o futuro. “Eu não tenho planos. Só por hoje eu estou aqui”, disse.

Ele disse que o vício o conduziu a atitudes extremas, como furtos de objetos em casa e até uso do talão de cheques do pai, tudo para sustentar o vício.  Antes de ser internado no Cadri, ficou por oito meses em outra casa, mas abandonou o tratamento antes da conclusão, o resultado foi a recaída.  “Aí passei a usar pasta base de novo por mais um ano até me dar conta de que estava me acabando e pedi ajuda aos meus pais. Foi quando descobrimos o Cadri”, relata.

A recaída é uma realidade de muitos dependentes e, na avaliação da presidente do Cadri, Marli Mattos, ocorre por falta de apoio familiar ou “porque não chegou o momento”. Em dois anos operando em Campo Grande, 220 pessoas passaram pelo Cadri, do total 25 concluíram o tratamento. Ela não considera o número pequeno. “São 25 vidas que salvamos ou que demos oportunidade de buscar o caminho”, disse a presidente.

Metodologia

A metodologia usada no local é embasada nos 12 passos dos Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos, associados às 64 tarefas do método Minnessota – modelo psicoterapêutico de origem humanista, cujo objetivo é a abstinência total do consumo de substâncias capazes de provocar alterações artificiais do comportamento do indivíduo.

Segundo um dos coordenadores do Cadri, Gilberto Fernandes, a rotina do local envolve a leitura do Diário  “Só por Hoje”, cujo conteúdo é trabalhado com o grupo. Na sequência os internos tomam café da manhã e partem para laboraterapia, cuidando da limpeza e manutenção do local, depois é servido o almoço (preparado pelos internos), eles tem um horário para descanso e retomam as atividades.

Depois, realizam uma das 64 tarefas propostas; cada tarefa consiste em relatos sobre um determinado momento da vida. Um exemplo é a retrospectiva dos sete dias que antecederam a chegada no local; outro é o preenchimento detalhado de um formulário sobre o histórico de vida, incluindo os sentimentos. O trabalho, conforme o coordenador, é acompanhado por um psicólogo. Cada dia tem uma rotina diferenciada e a programação contempla o trabalho religioso, aberto para lideres de várias religiões, pois a casa é ecumênica.

Manutenção

Sem qualquer tipo de apoio ou convênio, o local é mantido em maior parte por doações ou eventos realizados pela própria administração, como almoços dançantes. A despesa mensal do local gira em torno de R$ 10 mil, conforme informou a presidente, alguns internos pagam mensalidade de R$ 600, quem não pode pagar contribui com uma cesta básica a cada mês.

Para conseguir arrecadar dinheiro, a administração do local vai realizar no próximo dia 25 de setembro um almoço, cuja renda será revertida à construção de mais quatro banheiros para atender os internos, atualmente existem quatro banheiros no local. “Os convites vão custar R$ 15 e mesmo quem não puder ir ao churrasco e quiser contribuir para a construção pode nos fazer doações”, disse Marli Mattos.

O churrasco será realizado na Igreja Santo Agostinho. Mais informações podem ser obtidas por meio dos telefones (67) 3028-4843 ou 9653-3526.

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