Campo-grandenses vivem clima de deserto

Umidade relativa do ar media 13% no início desta terça-feira; e o ideal seria 60%. Metereologista prevê chuva, mas só na sexta-feira

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Umidade relativa do ar media 13% no início desta terça-feira; e o ideal seria 60%. Metereologista prevê chuva, mas só na sexta-feira

A população sul-mato-grossense enfrentam nesta terça-feira um forte calor e a baixa umidade do ar. A Capital registrava no início da tarde, 13% de umidade relativa do ar, o mesmo que fosse um deserto que é considerado como estado de alerta.

Segundo a escala usada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), a umidade relativa do ar ideal é de 60%. Entre 60% e 30% é considerada aceitável. Abaixo de 30% e acima de 20% já representa estado de atenção. Abaixo de 20% é ‘estado de alerta’ e abaixo de 12%, entra em ‘estado de emergência’.

De acordo com a meteorologista Cátia Braga, deve chover de 20 a 25 milímetros na próxima sexta-feira (19), à noite até a manhã do sábado. Com a chuva uma frente fria deve chegar ao Estado baixando as temperaturas já neste final de semana.

Quem mais sofre com o tempo seco e umidade relativa baixa são crianças e idosos, principalmente quem moram em bairros sem asfalto. A consequencia na saúde muitas vezes são ardência e ressecamento dos olhos, boca, nariz e agravamento de doenças respiratórias.

A pneumologista Ana Maria Campos Marquês orienta que a população faça uso de umidificadores de ar. Caso não seja possível, é possível umedecer os ambientes da casa com toalhas molhadas e bacias com água nos cômodos além da ingestão de muita água.

Por conta da saúde da pele é recomendado evitar banhos com água quente, que provocam o ressecamento, e passar creme hidratante. Em caso de irritação das vias aéreas e dos olhos, use soro fisiológico para lavar os olhos e as narinas.

Também é importante manter a higiene doméstica, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia problemas alérgicos. A reportagem foi ao bairro Nova Campo Grande, na Capital e conversou com alguns moradores de ruas sem asfalto.

“Quando está seco é poeira, quando chove é barro. Com esse tempo seco eu coloco balde com água em casa, principalmente porque eu tenho uma filha de 8 anos e outra de 1 e sete meses”, disse o açougueiro Adilson Silva, 30, acompanhado da filha Nathália de 8 anos.

“Molha a casa, o telhado é banho direto, tereré e direto tem levar meu filho no médico para fazer inalação”, contou o frentista Jeferson Ferreira Primo, 20 junto com a esposa Juliete Araújo, 16 com o filho Jeferson de 8 meses.

Com a chuva neste final de semana a umidade deve chegar a 60%. Passado o final de semana, volta a esquentar na terça-feira (23) da semana que vem junto com o retorno da baixa umidade relativa do ar.

 

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