Campanha de enfrentamento à exploração sexual de menores é defendida por artistas e autoridades

Vilã na novela Passione, de Silvio de Abreu, a atriz Daisy Lúcidi, funcionária da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), é uma das maiores divulgadoras da campanha nacional contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, lançada hoje (25) no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, pela ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário.

A solenidade de lançamento da campanha contou com a presença de várias autoridades, entre elas o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, destacou a importância de a campanha ser lançada próximo do carnaval.

“Essa conscientização do respeito à criança e ao adolescente tem que crescer cada vez mais, em todos os níveis. Respeito à vida, à dignidade. Eu acredito que esse passo que é dado hoje, envolvendo tantos grupos e pessoas, deve ser aprofundado cada vez mais e fazer uma mudança de mentalidade da nossa cultura. Fazer voltar a importância da educação para a criança, para o adolescente, seu direito e sua dignidade”, disse.

O superintendente regional da Infraero no Rio de Janeiro, Lucínio Baptista da Silva, assegurou, durante a solenidade, que os aeroportos brasileiros servirão de apoio à campanha. Ressaltou que se o Brasil quer ser reconhecido como um país desenvolvido, tem “de fazer respeitar e proteger as crianças e os adolescentes”.

A adolescente Francisca Aline Torres, de 14 anos, aluna da Fundação Xuxa Meneghel, disse contar com os jovens na divulgação do problema da exploração sexual de menores nas redes sociais, escolas, famílias e comunidades. “É hora de agir”, afirmou. “Eu acredito que com o compromisso de todos, nós podemos modificar essa situação. Nós temos direito de viver livres dessa violência”, completou.

A apresentadora Xuxa Meneghel também abraçou a causa. Segundo ela, o primeiro passo para inibir a violência sexual contra as crianças e adolescentes é denunciar o crime no serviço gratuito Disque 100. “É denunciar. Porque isso é uma máfia. É crime. O segundo passo é dar oportunidade para as crianças”.

Para o secretário municipal de Assistência Social do Rio, Rodrigo Bethlem, a participação de todos os níveis de governo “é importante para reverter esse jogo” da exploração sexual contra menores. Já a subsecretária executiva da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Maria Célia Vasconcelos, enfatizou que o governo fluminense “tem a preocupação de fazer um cinturão de proteção à criança e ao adolescente”, principalmente na região metropolitana, abrangendo o Porto do Rio de Janeiro, a Ponte Rio-Niterói e as rodovias de acesso ao estado.

Durante o evento, a ministra Maria do Rosário assinou com o presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Jair Meneguelli, um termo de cooperação técnica para a preparação do adolescente para uma profissão.