Servidores que atuam na Penitenciária Harry Amorim Costa, em Dourados, estão tendo aulas gratuitas de artes marciais mistas (MMA), que incluem tanto golpes de luta em pé quanto técnicas de luta no chão. O treinamento teve início há cerca de um mês e acontece por meio de uma parceria com a Polícia Militar. As aulas são realizadas na sala de instrução física da 4ª Companhia de Polícia Militar/3º BPM, anexa ao presídio.

De acordo com o diretor da penitenciária, Joel Rodrigues Ferreira, as aulas já vinham sendo realizadas para policiais militares e a direção do presídio solicitou ao comando da 4ª Cia PM que estendesse a participação à equipe do presídio. “Entendemos que o treinamento contribui para a melhoria no condicionamento físico de nossos servidores e é também uma forma de aliviar o estresse”, ressalta o diretor.

Quinze servidores da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) estão participando. As aulas acontecem todos os dias durante uma hora.

O instrutor de defesa pessoal, subtenente PM Alan Regis de Souza Marques, explica que são repassadas técnicas de MMA com enfoque no kickboxing e jiu-jitsu. Nessa fase inicial, o treinamento consiste no desenvolvimento de técnicas primárias de luta e fortalecimento do condicionamento físico.

“Quando eles já estiverem preparados, ensinarei golpes mais apurados de artes marciais e métodos de uso progressivo da força, com técnicas voltadas para a atividade de segurança, como imobilização, algemamento e condução”, informa subtenente Alan. “São técnicas não letais que contribuem para a segurança não só dos servidores como a dos detentos, já que, se bem usadas, elas apenas ajudarão a conter a situação, não machucando nem quem aplica, nem quem recebe o golpe”, garante.

Para a servidora penitenciária Janete Borges, uma das alunas de MMA, o treinamento, além de ser uma atividade que contribui para a saúde, representa também um reforço para o trabalho dos agentes no dia a dia do presídio. “Aprendemos técnicas que nos ajudam a reforçar a segurança e a qualidade nos serviços desenvolvidos”, garante.

Conforme a coordenação do treinamento de defesa pessoal, as aulas acontecem pelo método de repetição, sendo a mesma técnica repassada várias vezes. O treinamento não tem um período definido, ou seja, não tem carga horária total, acontecendo em caráter permanente, como ocorre nas academias.