Mais uma etapa do curso sobre Fundamentos Básicos de Inteligência e Contrainteligência foi realizada em Campo Grande neste sábado para quase 40 juízes. Nesta fase, o palestrante Marcos Pinheiro da Silva, delegado da Polícia Civil e diretor de inteligência há 12 anos, abordou o tema Atividade de Inteligência.
Durante as quatro horas de palestra, Pinheiro lembrou aos magistrados que os organismos de inteligência cooptam colaboradores nos mais diferentes locais e que os juízes devem estar atentos a isso; apontou movimentos que utilizam cartilha de guerrilha; falou sobre a área de inteligência na segurança pública, sempre destacando a necessidade de se ter atividade de inteligência no Poder Judiciário, e dividiu experiências vividas em mais de uma década neste setor.
“O serviço de inteligência deve captar, processar e trabalhar as informações para proteger os magistrados, pois a ideia da inteligência é sempre antecipar e da contrainteligência é proteger. Infelizmente no Brasil existem mais de 100 juízes ameaçados e o campeão é o Paraná, com 32 integrantes da magistratura trabalhando sob ameaça”, disse ele.
Ressaltando que a atividade de inteligência busca antecipar-se aos fatos e/ou produção de conhecimento para o auxílio no esclarecimento do delito, Pinheiro apresentou vídeos, mostrou diferentes posicionamentos de líderes mundiais e apontou histórias de cobertura – situação que exige monitoramento constante de policiais infiltrados e disfarçados.
O curso será realizado em cinco etapas pela Comissão Permanente de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça de MS, em parceria com o Departamento de Inteligência Policial (DIP), da Secretaria de Segurança Pública e da Escola Judicial do Estado de MS (EJUD), e faz parte das medidas adotadas pela comissão para sanar possíveis gargalos e melhorar as condições de seguranças dos magistrados, no exercício da judicatura.
A Comissão Permanente de Segurança Institucional foi criada por meio do Provimento nº 237, de 2 de agosto. É presidida pelo Des. Vladimir Abreu da Silva e composta por Carlos Alberto Garcete de Almeida, juiz auxiliar da vice-presidência, Albino Coimbra Neto, juiz da 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, Wilson Leite Correa, vice-presidente da Associação dos Magistrados de MS (AMAMSUL), além do ajudante de ordens do TJMS, Ten Cel Paulo Rogério de Carvalho Silva.
