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Ataque de desertores na Síria parece guerra civil, diz Rússia

Chanceler russo volta a pedir diálogo entre governo e oposição, enquanto cresce pressão internacional contra regime de Assad
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Chanceler russo volta a pedir diálogo entre governo e oposição, enquanto cresce pressão internacional contra regime de Assad

O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou nesta quinta-feira (17) que o ataque de desertores do Exército sírio contra um complexo de inteligência parece um ato de “guerra civil”, reiterando o apelo de Moscou pelo início de negociações entre o governo da Síria e seus opositores.

“Assistimos às notícias na televisão indicando que uma nova força, o chamado Exército Livre da Síria, organizou um ataque contra um prédio do governo pertencente às Forças Armadas sírias. Isso já é completamente parecido a uma verdadeira guerra civil”, disse Lavrov após encontro com o ministro de Relações Exteriores da índia, S.M. Krishna, em Moscou.

“É preciso acabar com a violência, não importa de onde ela venha”, afirmou, ressaltando que a violência na Síria “não vem apenas de estruturas governamentais”.

Após o ataque de desertores, Alemanha, Reino Unido e França aumentaram a pressão por uma resolução da ONU que condene as violações aos direitos humanos na Síria.

Em outubro, Rússia e China vetaram uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que ameaçava a Síria com sanções se não colocasse fim à violência.

Nesta quinta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Liu Weimin, disse que o país está “muito preocupado com a situação” e vai avaliar se qualquer resolução “poderá ajudar a resolver as tensões na Síria e facilitar o fim das disputas por meio do diálogo político.

“Pedimos às partes envolvidas o fim da violência, o retorno da estabilidade nacional e da ordem moral o mais rápido possível”, declarou o porta-voz.

O ataque ao complexo de inteligência na periferia da capital síria, Damasco, ocorreu na madrugada de quarta-feira. Segundo fontes ouvidas pela BBC, seis soldados foram mortos no ataque, reivindicado pelo Exército Livre da Síria. Fontes da oposição, por sua vez, afirmaram que 20 policiais foram mortos ou feridos.

Horas depois, a Liga Árabe deu a Damasco o prazo de três dias para acabar com a violência contra civis, ou serão aplicadas mais sanções.

No comunicado, a Liga Árabe e a Turquia pediram a adoção de medidas “urgentes para proteger os civis” da repressão do presidente Bashar al-Assad. “O Fórum (de cooperação turco-árabe) afirma que é preciso deter o derramamento de sangue e preservar os cidadãos sírios de novos atos de violência e de matanças, o que implica uma tomada de medidas urgentes para garantir a proteção dos civis.”

Em outro sinal do isolamento internacional da Síria, a França anunciou a retirada de seu embaixador do país, Eric Chevallier. Alain Juppé, chanceler francês, falou ao Parlamento sobre a “retomada da violência” e anunciou a decisão.

Apesar do aumento da pressão internacional, a violência continua nesta quinta-feira na Síria. De acordo com ativistas, tropas fizeram batidas em bairros da cidade de Hama, detendo dezenas de opositores.

Segundo a Organização das Nações Unidas, a repressão contra manifestantes contrários ao presidente sírio deixou 3,5 mil mortos desde que os protestos começaram, há oito meses.

Com informações das agências Reuters, BBC e AP

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