Nesta segunda-feira (07), a partir das 15h, os cerca
de 400 trabalhadores da empresa Gotardo, responsável pela construção da fábrica
Sitrel (siderúrgica), em Três Lagoas, estão reunidos em Assembleia, em busca de
um acordo trabalhista. A greve foi iniciada nesta quarta-feira (02).

Segundo denúncias dos operários e comprovação da
presença no local pela reportagem do Midiamax, a empresa mantinha membros do
corpo da Polícia Militar de Três Lagoas dentro das dependências do alojamento, sob
a alegação de que “atuavam para manter a ordem”. Já os trabalhadores, relataram
que a dupla da PM, em escala de revezamento, realizava o serviço de coação ao
trabalho.

Na assembleia, estarão presentes representantes do
Ministério Público do Trabalho (MPT), da Federeção dos Trabalhadores nas Indústrias
de Construção Civil e do Mobiliário de Mato Grosso do Sul (Fetricom/MS), da
Central Única dos Trabalhadores (CUT). O grupo Votorantim (proprietário da
futura fábrica) enviou representantes para buscar por fim à paralisação.

De acordo com a informação de um dos representantes
da Fetricom, Marcos Arruda Antunes, o quarto destinado aos “guardas” foi
fechado e a dupla de policiais militares foi embora neste sábado (05).

“Com a saída dos policiais do local, o clima ficou
mais tranquilo, pois os trabalhadores deixaram de se sentir ameaçados. Agora,
nosso foco é lutar para garantir o direito desses operários”.

Entre as reivindicações, estão: a contratação de
uma nutricionista para elaborar um cardápio saudável, o pagamento das horas
extras trabalhadas, e o afastamento de um funcionário da administração que,
segundo os trabalhadores, vinha causando humilhações e maus tratos a eles.