Leonardo Leite Cardoso, de 27 anos, acusado de matar com uma pedrada uma garota de programa em maio de 2009, em Campo Grande, vai a julgamento nesta sexta-feira (06) na 2ª Vara do Tribunal do Júri. Leonardo teria dado uma rasteira em Claudinéia Mendes, de 25 anos, que caiu no chão e foi chutada e apedrejada até a morte.

Naquela noite, ele e mais dois amigos, Fernando Pereira Verone, também de 27, e Hugo Pereira da Silva, de 21, resolveram fazer um programa sexual com prostitutas e, por volta das 21 horas, dirigiram-se para a Avenida Calógeras, região central da cidade. Os três abordaram duas profissionais do sexo, sendo uma a vítima, e rumaram para o motel “Chega Mais”.

Hugo e Fernando foram julgados no último dia 1º de abril. O primeiro foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por envolvimento no crime. Já o colega Hugo saiu do fórum absolvido.

O caso

Cláudia e uma amiga foram pegas pelos três rapazes. O trio, de carro, combinou levar as duas até o motel na saída de São Paulo. Os rapazes mudaram o trajeto e isso fez com que a colega de Claudinéia saltasse do veículo em movimento.

A vítima disse em depoimento que Leonardo o atacou com uma das mãos dentro do carro, ferindo uma parte íntima de seu corpo, daí ela pulou do veículo. A mulher foi socorrida, levada para o hospital e noutro dia denunciou o caso à polícia.

Hugo, o absolvido, motorista do carro, disse que levou Claudinéia num lugar escuro, perto do aeroporto internacional. Lá, ele atendeu a um telefonema, enquanto Leonardo e Fernando surravam a vítima.

Leonardo teria dado uma rasteira em Claudinéia, que caiu no chão e foi chutada e apedrejada até a morte. Hugo nada fez para socorrer a vítima. A dupla queria dinheiro, segundo a mulher que saltou do carro.

O trio saiu do local deixando a vítima desacordada. Mais tarde, segundo Hugo, Leonardo e Fernando teriam retornado ao local e matado a vítima.

Ele presume isso porque no dia da reconstituição do crime notou que o corpo de Claudinéia havia sido arrastado a 20 metros de distância de onde havia sofrido o primeiro ataque, já quando descera do carro..

Durante o processo Leonardo e Fernando tentaram convencer a Justiça que sofriam de alguma perturbação mental, mas a alegação foi negada.