Na região do ‘Lixão’, ex-governador junto com a professora Gilda dos Santos, candidata à suplência no Senado, e a vice candidata ao Governo, Tatiana Ujacow (PV), lançam campanha e Restaurante Popular é símbolo

O início da campanha eleitoral em Mato Grosso do Sul teve como marco uma das regiões mais pobres da Capital, onde fica o ‘Lixão’, o Bairro Dom Antônio Barbosa. Lá, o ex-governador, Zeca do PT junto com a professora Gilda dos Santos, candidata à suplência no Senado, e a vice candidata ao Governo, professora da UFMS Tatiana Ujacow (PV), lançaram a campanha da coligação ‘Força do Povo.

No bairro, eles defenderam a reabertura do Restaurante Popular, que na gestão de Zeca do PT, servia almoço a R$ 1,00.

Em um terreno próximo ao Restaurante Popular, comunidade, militantes e candidatos participaram de um ato ecumênico.

“Vamos buscar sustentabilidade para que nenhum habitante de Mato Grosso do Sul fique sem o ‘pão novo’. Vamos dialogar com a população, resgatar e ampliar os programas sociais e dialogar com a população, com os líderes de bairro”, disse Tatiana Ujacow. Ela é autora do livro “Direito ao pão novo”, uma alusão ao pão velho dado aos índios em situação de miséria extrema na região Sul do Estado.

A retomada do Restaurante Popular teria o símbolo do ‘Pão Novo’.

Pão Novo

Joana Vicente, 76, moradora do Parque do Sol lembra de como foi o tempo em que o Restaurante Popular oferecia comida saudável à população. “Era muito importante porque todo mundo ia. Se voltar, será mil maravilhas”.

Cristovão Correia, 56, eletricista, encanador, mora no Dom Antonio com quatro netos e esposa. “O restaurante ajudava muito principalmente quem mora longe e não tinha onde comer. A gente mudava o cardápio de casa e a comida era rápida, barata e boa”.

Leni Brandão, 43, dona de casa, lembra que o benefício facilitava a vida das pessoas. “Principalmente, àquelas que não têm condições”. Um exemplo é do catador do aterro sanitário, Sérgio de Souza. “Eu vinha sempre, comia sem precisar gastar muito dinheiro”, lembra.

Zeca do PT lembra que para custear o projeto do restaurante no Dom Antônio, os cofres estaduais dispunham de R$ 25 mil por mês em convênio com a Coca-Cola, que o atual governo diz ter sido responsável pelo fim da parceria. “Poderia ter sido feita outra parceria para não fechar o Restaurante Popular. Vamos reabri-lo e ainda, fazer outros pelos bairros de Campo Grande”, diz o ex-governador que pretende reassumir o posto no Parque dos Poderes, hoje ocupado por André Puccinelli (PMDB), que tenta a reeleição.

O Restaurante Popular foi inaugurado no dia 12 de novembro de 2004. O Governo Popular de Zeca do PT investiu R$ 349,2 mil na obra e na aquisição de equipamentos e utensílios, e firmou parceria com empresas como a engarrafadora Coca-Cola Femsa, Fundação Ueze Zahran, a operadora de telefonia celular Vivo e a concessionária de automóveis Perkal, para custear o atendimento. Desde então, todos os dias, foram servidas 300 refeições de segunda à sexta-feira, ao preço de R$ 1 cada. Até o fim do Governo de Zeca 113 mil refeições tinham sido servidas no Restaurante Popular. Além da alimentação de qualidade e baixíssimo custo, o espaço se transformava em escola, à noite, para alfabetização de jovens e adultos. (Com informações da assessoria)