Carolina Rodrigues de Aquino, de 19 anos, estava noiva e planejava se casar em janeiro. Segundo o pai dela, João Sampaio, ela era uma garota tímida, caseira e tinha poucos amigos no bairro Alta Floresta II, onde morava com o pai e duas irmãs há cerca de 5 anos. Ela estudava no terceiro ano da escola Dois de Setembro, em Ladário. Vizinhos confirmaram a boa índole da jovem, encontrada morta na tarde deste sábado (25).
“Ele era de casa para escola e da escola para casa”, disse uma moradora do local, que preferiu não se identificar. “A Carol saía muito pouco da casa do pai dela. Não ficava de ajuntamento na rua e quase não tinha amizade por aqui. Era ela, o pai e as irmãs (uma de 32 anos e outra de 14)”, relatou uma outra vizinha. A insegurança é uma sensação comum para quem reside no Alta Floresta II.
“Na véspera de Natal mesmo saiu uma briga aqui. Tinham uns meninos lá de cima tentando esfaquear outros que moram lá para baixo”, relatou uma terceira mulher, que acompanhava à distância o trabalho da polícia. “Mas uma tragédia dessas nunca tinha acontecido por aqui”, complementou a dona de casa.
Carolina morava em uma pequena casa na alameda 2, aproximadamente uns 30 metros de onde o corpo foi encontrado. Indícios mostram que ela foi assassinada no mesmo local onde foi localizada pelas irmãs. Na residência dela, conforme João Sampaio, não havia nenhum sinal de arrombamento. “Não sei dizer o que aconteceu. Alguém pode ter batido na porta e rendido ela quando saiu. Só espero que a polícia encontre quem cometeu esse crime e se faça justiça”, desabafou o pai de Carol.
