Embora o prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), tenha garantido ontem que não subirá no palanque de José Serra (PSDB) e que pedirá votos Dilma Rousseff (PT) informalmente na corrida presidencial, no PSDB, há quem duvide de tal postura.

Hoje, o deputado estadual Rinaldo Modesto disse duvidar que Nelsinho saia às ruas pedindo votos para a petista. “Eu ainda acho que ele vai ficar neutro para não magoar nenhum dos lados”, analisa.

“Mesmo porque ele quer ser candidato a governador [em 2014]. Não vai querer se indispor com companheiros que mais tarde possam ajudá-lo em seu projeto”, completa.

Lideranças que apostam na neutralidade de Nelsinho cita ainda que há outro indicativo de que ele adote tal postura. A esposa de Nelsinho, Maria Antonieta é cotada para suplente do candidato a senador Waldemir Moka (PMDB) que apoiará José Serra.

Mas, o próprio Nelsinho não vê dificuldades em ficar teoricamente em lado diferente da primeira-dama. Ele acha que a eleição nacional não tem relação direta com a política local.

O PSDB chegou a ameaçar retaliação contra Nelsinho quando ele confirmasse o apoio a Dilma. A ideia era entregar os cargos na prefeitura e passar a fazer oposição na Câmara. Mas, os vereadores do partido não concordaram com tal posição.