A travesti Jucinei Padilha, 21 anos, mais conhecida como Priscila, morreu no último dia 2, depois de aplicar silicone industrial que serve para a limpeza de carros.

Priscila chegou a ser internada na Santa Casa de Campo Grande, porém acabou sendo transferida para o hospital Sírio Libanês, onde morreu em decorrência da falência múltiplas dos órgãos, segundo informações da presidente da Associação das Travestis de Mato Grosso do Sul, Cris Stefan.

Outra travesti teria aplicado cerca de 6 litros de silicone no corpo de Priscila.

O silicone industrial serve para limpeza de carros e impermeabilização de azulejos. O produto é mais barato e diferente do que os médicos usam em implantes legalizados.

De acordo com a presidente da associação, a pratica da aplicação de silicone industrial entre as travesti é muito comum e se trata de um problema de saúde pública. “Este é um problema grave e muito comum. É necessário que a saúde pública tenha atenção para esses casos”, afirmou.

Para Cris, a questão é psicológica. “Quando a travesti é rejeitada pela família, pela sociedade. Acaba não conseguindo emprego e vê uma outra amiga toda poderosa e glamorosa, ela quer fazer igual e apela para silicone industrial. È um problema psicológico, tem que ser tratado com especialistas”, ressaltou.

A Associação das Travestis realizará no mês de maio um evento em Campo Grande, entre os assuntos que serão abordados está os riscos da aplicação de silicone industrial no corpo.