A segunda maior torcida do país, com aproximadamente 24 milhões de adultos torcedores, está em festa neste 1º de Setembro. Motivo: o Corinthians completa 100 anos de história. E a paixão e festa estão presentes também em Campo Grande.
“Minha relação com o timão é de amor e paixão. Assisto a todos os jogos. Acompanho todos os dias os noticiários, notas, entrevistas nos canais de esporte”, relatou o estudante Felipe Navarros Ayala, quando perguntado sobre o Corinthians. Amor compartilhado com Nyelder de Souza Rodrigues, 21, “não escolhi o Corinthians, foi ele quem me escolheu, sou apegado desde criança, é quase uma devoção”.
E a paixão também incluí dores e decepções. Phelipe Fabres, 22, lembra muito bem dessas cicatrizes: “a queda para Série B foi marcante, sem palavras”. Já Nyelder lembra com muita dor a derrota para o Palmeiras na Libertadores de 2000.
“Perder na semi-final, nos pênaltis, para o Palmeiras, pelo segundo ano consecutivo, foi muito decepcionante. O time tinha recém ganho o Mundial Interclubes sobre o Vasco no Maracanã e a expectativa de revanche era muito grande. Além do mais, quem perdeu a cobrança capital foi o Marcelinho Carioca… “
O amor do campo-grandense é revelado também nas raras vezes em que o time paulista joga na capital. Na última oportunidade, em um amistoso contra o Comercial realizado em Julho, cerca de 8 mil pessoas acompanharam a goleada alvinegra no Morenão.
Porém, a maior marca da torcida corintiana é a fidelidade, paixão incondicional e esperança.
“O sonho que ainda resta, claro, é a Copa Libertadores. É a única taça que falta na sala de troféus do Todo Poderoso”, desabafa Nyelder.
Mesmo sendo quarta-feira, haverá comemoração do aniversário, com vendas de materiais do Corinthians, próximo à sede da Empresa Brasil Telecom S.A., no centro de Campo Grande.Às 18h haverá a apresentação da “Bateria 30 da Torcida Pavilhão 9 de Campo Grande-MS”.
A noite, das 19h às 23h haverá uma festa na sede da torcida (Rua Rui Barbosa n. 1.632, Centro, com churrasco, pagode e um bolo de 15Kg do Corinthians.
Novidades
Outro grande sonho da torcida corintiana agora está prestes a se tornar realidade. Na última semana foi anunciada, pelo presidente do time Andrés Sanches, a construção do estádio do time, em Itaquera, na capital paulista.
A obra, já batizada de “Fielzão”, tem um custo estimado de R$ 335 milhões. Um pré-contrato já foi assinado entre o Corinthians e a empreiteira Odebrecht ontem (30). Os dirigentes corintianos, com apoio do poder executivo paulista, afirmam ter muita esperança de que o “Fielzão” seja o estádio de abertura da Copa do Mundo de 2014.
História
Era 1º de setembro de 1910 e cinco operários – Joaquim Ambrósio, Carlos da Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia – se reuniram com mais oito rapazes e fundaram o “Sport Club Corinthians Paulista” após assistirem a uma partida de uma equipe de futebol da Inglaterra. O presidente escolhido por eles foi o alfaiate Miguel Battaglia, que já no primeiro momento afirmou: “o Corinthians vai ser o time do povo e o povo é quem vai fazer o time”.
Da primeira coleta à compra da primeira bola de futebol do clube pouco tempo passou. Na verdade, apenas uma semana. Um terreno alugado na Rua José Paulino foi aplainado e virou campo e foi lá que, já no dia 14 de setembro, o primeiro treino foi realizado diante de uma platéia entusiasmada que garantiu: “este veio para ficar”.
De partida em partida o time foi se tornando famoso, mas era ainda um time de várzea. No ano de 1913, o Corinthians pleiteou uma vaga junto à Liga Paulista de Futebol e foi aceito, tornando-se assim o quarto dos chamados “três mosqueteiros” (os outros eram Americano, Germânia e Internacional), daí a origem do mascote corinthiano.
Grandes craques passaram pelo Corinthians em sua história quase centenária. Nomes como Neco, Luizinho, Cláudio, Baltazar, Gilmar, Rivellino, Sócrates, Biro-Biro, Ronaldo, Neto, Marcelinho Carioca, Dida, entre outros, são lembrados até hoje e tidos com muito carinho pela Fiel Torcida.
(matéria editada às 16h39 para acréscimo de informações)
