Temer vai pautar “ficha limpa” para próxima semana

O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), disse nesta terça-feira (2) que pretende colocar o chamado projeto “ficha limpa” na pauta de votações do plenário na próxima semana. O assunto deve ser discutido na reunião dos líderes partidários amanhã (3). O projeto chegou ao Congresso em setembro, com 1,5 milhão de assinaturas. O PL […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), disse nesta terça-feira (2) que pretende colocar o chamado projeto “ficha limpa” na pauta de votações do plenário na próxima semana. O assunto deve ser discutido na reunião dos líderes partidários amanhã (3).

O projeto chegou ao Congresso em setembro, com 1,5 milhão de assinaturas. O PL propõe que sejam proibidos de concorrer a cargos eletivos, por oito anos, candidatos condenados em primeira ou única instância ou que tiverem contra si denúncia recebida por órgão judicial colegiado pela prática de diversos crimes, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, exploração sexual de crianças e adolescentes, trabalho escravo e crimes eleitorais, entre outros.

A expectativa é votar a proposta a tempo de que seja válida para as eleições de outubro. No ano passado, os líderes de partido não chegaram a um acordo para pautar a matéria. No final do ano, Temer prometeu votar o projeto em fevereiro, mas hoje admitiu ser necessária uma “solução negociada”.

“Isso depende da reunião com os líderes partidários. Se a maioria concordar, o tema avança”, disse Temer. Mas a prioridade, segundo o presidente, é a votação dos projetos do pré-sal, que devem ter a urgência retomada a mando do governo.

Temer participou hoje da solenidade de abertura dos trabalhos do Congresso, em que estiveram presentes também o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), o vice-presidente da República, José Alencar, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.

Em seu discurso na cerimônia, Temer ressaltou a relevância do regime democrático e a importância da independência harmônica entre os três Poderes. O presidente da Câmara afirmou que as críticas recebidas pelo Congresso decorrem do “momento extraordinário da vida política nacional”. “As críticas aumentam. Mas é importante que haja crítica para corrigir os poderes”, considerou.

Conteúdos relacionados