O SOS Criança já recebeu 1414 denúncias de violência contra crianças e adolescentes de janeiro a julho deste ano. De acordo com dados trimestrais, divulgados pelo órgão, do total de 490 denúncias realizadas no último trimestre, 284 delas procedem, sendo 80 de violência física (28%) dentro da família. Comparado ao primeiro trimestre, houve um aumento de 4% no número de denúncias feitas por violência física (24%).

Ainda de acordo com órgão, de 284 crianças que tiveram seus direitos violados no último trimestre, foram contabilizadas 30 denúncias de violência sexual fora da família e 30 de violência dentro da família. “Esse número aumentou em relação ao ano passado. Nesse último trimestre pelo menos 30 famílias vieram denunciar diretamente aqui no setor”, explica a diretora do órgão, Marli Tonente.

Segundo Marli, esse aumento mostra a iniciativa das famílias de todo o Estado em procurar o SOS Criança. “As famílias estão procurando saber mais sobre como denunciar a violência contra criança e o adolescente”. Para Marli, a divulgação dos órgãos é fundamental para o combate à violência. “Por meio de campanhas de divulgação, nas ruas e nas escolas, a população vem conhecendo mais o trabalho do SOS Criança e está confiando mais, vendo que existe um órgão sério para proteger e defender os direitos das crianças e dos adolescentes”, explica a diretora.

Marli também destaca as parcerias com que o órgão trabalha. “Temos uma parceria com o Conselho Tutelar e com a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), com o serviço de acolhimento e com o Ministério Público. Trabalhamos em conjunto para a diminuição e solução dos crimes contra crianças e adolescentes”, conclui Marli.

O órgão atende às denúncias 24 horas por dia. O solicitante não precisa se identificar – 90% dos chamados são de procedência anônima. O SOS atende com profissionais capacitados, são quatro assistentes sociais e quatro psicólogos à disposição do órgão para atender os casos. “Todas as denúncias feitas para o SOS Criança são atendidas, por isso quando há ligação o informante deve passar todas as informações possíveis para que possamos localizar a ocorrência”, reforça Marli.