Moradora do Distrito de Anhanduí, Sonia de Fátima, mãe da jovem (foto) desaparecida há 3 semanas, tenta conseguir a guarda do neto de 4 meses; goleiro é suspeito, mas nega ter matado a jovem

“Sinto que minha filha está viva. Eu quero que ela cuide do filho dela”. Por telefone, a sitiante Sonia de Fátima Marcelo da Silva Moura, 44, conversou com o Midiamax. Mãe da estudante e modelo Eliza Silva Samudio de 25 anos, desaparecida há três semanas de Contagem (MG) com a suspeita de ter sido morta pelo jogador Bruno Fernandes, 25, goleiro do Flamengo, ela espera encontrar a filha. A polícia mineira investiga o caso.

“Quero que ela apareça e que acabe logo com isso”, disse ao Jornal da Band o jogador. O bebê, que seria filho de Eliza e Bruno, desapareceu junto com a mãe, no mesmo dia que ela foi vista no sítio do jogador. A criança foi encontrada no dia 25 de junho na casa de uma amiga de Dayane de Souza, esposa do jogador.

Em Mato Grosso do Sul, a mãe da jovem que há seis anos não vê a filha, mora no Distrito de Anhanduí, a 56 quilômetros de Campo de Grande. Mesmo com esperanças de encontrar a filha, ela tenta conseguir a guarda do neto de 4 meses, que está sob a guarda do avô, pai de Elisa, Luiz Carlos Samudio, morador de Foz do Iguaçu (PR).

Maria Lúcia, advogada de Sonia, disse que já fez contato com os advogados do avô (pai de Eliza) para que ela possa obter a guarda do menino de 4 meses. Caso contrário, a advogada entrará com um pedido de guarda provisória na próxima segunda-feira.

Investigação

Elisa teria saído de São Paulo antes do dia 4 de junho (sexta-feira) para ir até a cidade de Contagem (MG), onde faria acordo com o goleiro Bruno Fernandes sobre a guarda da criança. O casal teria tido relacionamento durante um ano, no período em que o jogador enfrentava uma separação conjugal.

A jovem movia um processo na Justiça para que o atleta reconhecesse a paternidade do bebê.

De acordo com o jornal Estadão, a delegada Alessandra Wilke, de Contagem (MG), acredita que Eliza foi levada para o sítio no dia 4, onde teria sido espancada por três homens. Uma denúncia anônima revelou que a estudante foi atacada até a morte por Bruno e dois amigos. O jogador nega.

Vestígios de sangue foram achados no sítio e em um dos carros do goleiro do Flamengo. As amostras foram enviadas para o IC- Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, que deve analisar o material com o DNA de sangue do pai de Eliza, Luiz Carlos Samudio. O teste não tem prazo para ficar pronto, segundo a polícia.

Também foi solicitada a quebra do sigilo telefônico da jovem. O último contato via celular, com uma amiga, foi feito no dia 9. Há suspeitas de que tenha sido realizado do sítio do atleta. Bruno esteve no local entre os dias 5 e 10 deste mês.

Ainda de acordo com o Estadão, o goleiro do Flamengo voltou a treinar na manhã de hoje (01) e disse estar muito chateado com o sumiço da jovem e alegou estar sob forte constrangimento.

Guarda da criança

Sobre a guarda da criança, a avó disse: “Não sei se vai ser fácil, ele [Luiz Carlos Samudio] disse que eu a abandonei [filha Eliza] quando ela tinha 5 meses. Ele fala que eu não vivi com ela, isso é mentira”, disse Sonia com a voz embargada.

Eliza nasceu em Foz do Iguaçu em 1985. Em 1994, quando a mãe veio morar em Campo Grande, a modelo ficou morando com o pai e um tio materno na cidade do Paraná.

Nos anos de 1999 e 2000, a jovem morou em Campo Grande com a mãe. Posteriormente, ela retornou para Foz do Iguaçu e de lá, foi trabalhar em São Paulo (SP).

Através de seu irmão, Sonia visitava a filha no Paraná. E a última vez que a viu pessoalmente foi há 6 anos. Ultimamente, Sonia tinha contato com a filha através de telefone e Orkut, site de relacionamento.