Na próxima terça-feira, dia 28, representantes de pelo menos 30 entidades sindicais entregarão na Assembleia Legislativa um manifesto pedindo a instalação de uma CPI para investigar a suposta partilha irregular de dinheiro público entre membros dos poderes de Mato Grosso do Sul, relatada pelo deputado estadual Ary Rigo (PSDB) em vídeo que circula pela internet.

Entre as entidades que devem assinar o manifesto estão o CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos), ACP (Associação Campograndense de Professores), Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), entre outras.

Hoje, os deputados enfrentaram mais protestos na Assembleia Legislativa. Os manifestantes atacaram Ary Rigo e ainda o governador André Puccinelli (PMDB) que conforme declaração gravada em vídeo teria recebido R$ 2 mihões a título de devolução. Ontem, durante entrevista coletiva, Rigo negou ter praticado irregularidades.

O presidente da Assembleia, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB) determinou que a corregedoria apure o caso. O corregedor da Casa, Maurício Picarelli (PMDB) disse que Rigo deve ser ouvido já na semana que vem.

De oposição, o deputado estadual Paulo Duarte (PT) disse considerar difícil a abertura de uma CPI. “A base aliada tem 20 deputados, não vai deixar o requerimento ser aprovado”, avalia.

Após protestos na Assembleia, os manifestantes seguiram para o Ministério Público numa passeata a pé. No trajeto, mais protestos contra André Puccinelli. “O Puccinelli tem mensalão, mas eu não sou cupincha não”, gritavam.

No MP, eles entregaram documento no qual pedem apuração dos fatos mencionados por Ary Rigo no vídeo gravado sem que o deputado soubesse pelo ex-secretário de Governo de Dourados, Eleandro Passaia. O órgão também é implicado gravações. O deputado menciona ter repassado R$ 300 mil ao MP e cita o ex-chefe do órgão Miguel Vieira.