A prolongada estiagem e o ciclo de cheias normais vêm afetando também o Pantanal de Corumbá, onde em algumas regiões, como a Nhecolândia, a escassez de água apresenta condições desérticas. Diante deste cenário, o Sindicato Rural de Corumbá pedirá ao prefeito Ruiter Cunha de Oliveira a decretação de estado de emergência na planície pantaneira.

O presidente da entidade, Raphael Domingos Kassar, solicitou parecer da Embrapa Pantanal para embasar a solicitação ao município. Segundo os produtores rurais, a falta de chuvas começa a afetar drasticamente a atividade pecuária e encarece o custo de produção, já elevado na região por dificuldades naturais e falta de infraestrutura.

O Sindicato Rural encaminhou pedido de dados meteorológicos a chefe da Embrapa Pantanal, Emiko Kawakami de Resende, de janeiro a setembro deste ano, cujas informações estão sendo levantadas pela instituição de pesquisa. Na próxima semana a diretoria da entidade ruralista pretende se reunir com o prefeito para discutir a decretação do estado de emergência.

Açudes secam

Os produtores da subregião da Nhecolândia informam que as lagoas e baías estão secando e os açudes já não têm mais água. Há registros de mortes de bovinos. O presidente do Sindicato Rural disse que os pecuaristas estão aumentando a profundidade dos açudes em até nove metros para encontrar água para o gado, citando que a situação “é muito grave”.

As chuvas que caíram na planície no último dia 15, atingindo até 35 milímetros em algumas propriedades, não foram suficientes para amenizar o problema, apontou Raphael Kassar. As subregiões do Piquiri e Paiaguás também são castigadas pela seca. As condições hídricas normais ocorrem apenas nas áreas sob influência das inundações causas pelo rio Taquari.

As informações são da assessoria de imprensa do Sindicato Rural de Corumbá