A candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, afirmou que o rival do PSDB, José Serra, está usando a mesma estratégia aplicada em 2002, quando enfrentou Luiz Inácio Lula da Silva na disputa para presidente.
– É visível a tática do medo como ele adotou em 2002. As pessoas têm memória. Recordo um programa de televisão feito durante a campanha que uma atriz foi para televisão e disse que tinha medo.
A afirmação, em tom incisivo, foi uma referência à participação da atriz Regina Duarte na campanha tucana.
– Ele está repetindo a tática. Essa repetição é baseada em acusações irresponsáveis e infundadas.
A referência foi feita às declarações do candidato a vice de Serra, Indio da Costa (DEM), que disse que o PT tem ligação com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
– Esse nível de campanha, essa diminuição da qualidade da campanha, não interessa a quem tem projetos.
Ontem o tucano negou que venha praticando a “tática do medo”.
Em Natal, onde cumpre agenda hoje, Dilma confirmou que busca uma identificação com o presidente Lula e acredita que isso poderá ser convertido em votos.
– Quanto mais a população conhecer as propostas e identificar minha candidatura, que dará continuidade ao governo do presidente Lula, quanto mais isso acontecer, mais esperamos que no dia 3 de outubro eu seja reconhecida como Presidente do Brasil.
As declarações foram feitas depois que ela desembarcou no Rio Grande do Norte. Dilma será sabatinada durante a reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
Críticas
A candidata também criticou o líder da oposição no Senado, senador José Agripino Maia (DEM), pelas declarações de que o governo federal não considerou o Rio Grande do Norte na construção da Transnordestina, que começará no Piauí e ligará os portos de Pecém, no Ceará, e Suape, em Pernambuco.
– Agora a ligação da Transnordestina com o resto do Nordeste se dará no segundo momento. Se o senador José Agripino achasse que era tão importante uma ferrovia para o Nordeste, deveria ter construído pelo menos um quilômetro de ferrovia quando esteve no poder e não o fez. O Brasil vai voltar a ter ferrovias. Podemos dizer que vamos fazer porque já fizemos.