O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou, nesta sexta-feira (20), que há “três verdades” na comparação entre ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua adversária na eleição Dilma Rousseff (PT).

O programa eleitoral do tucano veiculado na TV na noite de quinta (19) mostrou imagens de Lula.

“Não sei por que estão se incomodando. Só dissemos que eu e Lula somos políticos experientes, é uma verdade; que nossos nomes têm história, outra verdade; e por último, que eu tenho mais vivência do que Dilma, mais uma verdade indiscutível”, afirmou Serra, em entrevista concedida depois de almoço com empresários em Manaus.

Nesta semana, Dilma já havia criticado o primeiro programa de Serra por fazer menção a Lula em jingle. A letra da canção diz “Quando o Lula da Silva sair, é o Zé que eu quero lá”. “Não pode querer, nas eleições, passar pelo que não é”, afirmou Dilma em crítica ao programa.

Zona Franca e boatos

Serra defendeu a perenização do modelo de isenção de tributos da Zona Franca de Manaus e citou boatos contra ele.

“Além desse boato antigo de que sou contra a Zona Franca de Manaus, que só posso repetir que é mentira sempre, hoje vieram dizer que sou contra o Prosamim (Programa de Saneamento Ambiental dos Igarapés de Manaus, do governo estadual). Nem sei direito o nome do projeto e não sou contra. Meus aliados locais dizem que é um bom projeto”, disse.

O candidato tucano reuniu empresários do Amazonas em evento do grupo Lideranças Empresariais (Lide), que reúne empresas com faturamento acima de R$ 100 milhões por ano. Depois, fez uma visita à fábrica da Moto Honda, no Distrito Industrial de Manaus. Ainda para esta sexta, estava prevista uma caminhada de Serra pelo centro comercial da zona leste da capital amazonense, acompanhado do senador Artur Virgílio (PSDB).

Investimentos

Na palestra aos empresários, Serra criticou o aeroporto e o principal porto da região, anunciando que seu projeto de governo inclui obras nesses locais. “A estrutura do aeroporto pode ser considerada indecente, principalmente para uma cidade que vai ser uma das sedes da Copa em 2014”, disse.

“E o porto principal deveria, a exemplo do que ocorreu em Belém, ser transformado em um complexo cultural, além de outro porto à altura da demanda de Manaus ser construído”, defendeu.

O tucano afirmou que “dinheiro não falta” para estes projetos. “O governo federal tem contingenciados mais de R$ 800 milhões de taxas das indústrias de Manaus, que deveriam ser investidos em obras de infraestrutura, como a construção de estradas e recuperação de vias e portos.”