Os deputados estaduais Ary Rigo e Onevan de Matos duvidam que o recurso do PDT ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reverta o resultado do julgamento do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) que os absolveu do processo por infidelidade partidária movido pelo partido. No ano passado, eles trocaram o PDT pelo PSDB desencadeando a ação judicial.

Hoje, os dois participaram da convenção tucana realizada junto com aliados do governador André Puccinelli (PMDB) no prédio que abrigará o comitê central do grupo, na Avenida Costa e Silva, em Campo Grande. O PDT deve apresentar o recurso na segunda-feira, dia 28, ao próprio TRE, a quem cabe remeter o caso ao TSE.

Rigo que deixou o partido após ser deposto da presidência da legenda afirma estar seguro que de não sofrerá revés na instância superior.

“Isso [recurso ao TSE] é problema deles. Eu estou tranqüilo, só fui prejudicado pelo partido. Ao invés de cuidar da minha vida, o PDT deveria tomar conta da ficha suja do Dagoberto”, disse Ary Rigo, se referindo ao deputado federal Dagoberto Nogueira que articulou sua deposição do comando do PDT.

Já Onevan acha que o partido está apenas exercendo seu direito recorrendo a uma instância superior. “Ótimo! É um direito que eles têm. Eu também recorreria. Estou muito tranqüilo”, comentou.

Os deputados mantiveram seus mandatos com a justificativa de terem sido perseguidos e sofrerem constrangimentos dentro do partido. Argumento que, aliás, salvou outros parlamentares que trocaram de legenda quando já vigorava a Lei da Fidelidade, segundo a qual o mandato pertence ao partido e não ao político eleito.

Rigo e Onevan foram absolvidos por placar folgado, mas diferente. Rigo recebeu 5 votos pela absolvição e só um pela cassação. Já Onevan recebeu quatro pela manutenção do mandato e dois pela perda. Saiba mais na notícia relacionada.