Oito dos 24 deputados formam o time dos veteranos que tem pelo menos quatro mandatos na Casa, ou seja, 16 anos, e querem continuar.

Eles são ricos e sinalizam gastos altíssimos para continuar na cadeira de deputado estadual. Nomes conhecidos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul prometem torrar milhões para continuar sendo autoridades estaduais. Oito dos 24 deputados formam o time dos veteranos que tem pelo menos quatro mandatos na Casa, ou seja, 16 anos, e querem continuar.

Um exemplo é o deputado estadual Ary Rigo (PSDB), atual primeiro-secretário da Assembleia, que tentará seu sétimo mandato e pretende gastar , segundo informou à Justiça Eleitoral, até R$ 2,5 milhões na campanha deste ano. Na declaração de bens, ele afirma possuir R$ 919.451,11 em bens móveis e imóveis, como terrenos, casas, moto e veículos diversos.

O presidente da Assembleia, deputado Jerson Domingos (PMDB) quer gastar até R$ 1,5 milhão para conquistar seu quinto mandato de deputado estadual. Jerson é milionário. Revelou patrimônio de R$ 3,4 milhões, valor que inclui três casas, propriedades rurais, veículos e R$ 380 mil que ele tem disponíveis “debaixo do colchão” declarados como “quantia em espécie”.

Em busca do sétimo mandato, Onevan de Matos (PSDB) vai gastar o mesmo valor que Rigo, R$ 2,5 milhões. Seu patrimônio também é considerável: R$ 2,9 milhões. Ele se revela possuidor de apartamento, casa, terrenos em áreas urbanas e rurais, carros e até um avião. A aeronave CESSNA SKYLANE PT-KCE Modelo 182 N. 62537, vale, segundo Onevan, R$ 120 mil.

Recordista nacional em mandatos de deputado estadual, Londres Machado (PR) quer ser eleito pela 11ª vez para continuar na Assembleia Legislativa. Sua campanha deve lhe custar o teto de R$ 1,5 milhão, nada perto de seu patrimônio que é de R$ 11,2 milhões.

Ele é dono de dois prédios comerciais, nove apartamentos, além de casas, terrenos, propriedades rurais, veículos de passeio e de grande porte como caminhonetes, caminhões e ônibus, participação em empresas e em concessões de rádio e televisão, além de depósitos em contas bancárias.

O deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) busca seu quinto mandato e pretende gastar até R$ 1,5 milhão para consegui-lo. Ele declarou patrimônio no valor de R$ 2,7 milhões. Valor referente a apartamentos, terrenos, veículos, contas bancárias e até cotas em empresas agropecuárias.

No mesmo grupo de veteranos estão ainda nomes como Maurício Picarelli (PMDB) que tenta o sétimo mandato, Paulo Corrêa, do PR, que busca o quinto e o democrata Zé Teixeira (DEM) que também quer um quinto mandato.

Picarelli também estima que gastará R$ 1,5 milhão na campanha e declarou patrimônio de R$ 775 mil correspondentes a uma casa, um terreno e dois veículos.

Paulo Corrêa também estimou teto de R$ 1,5 milhão. Mas, o patrimônio é mais que o dobro do de Picarelli, R$ 1,8 milhão, referentes a uma areonave Bonanza ano 94, avaliada em R$ 296 mil, apartamento, veículos diversos, linhas telefônicas e aplicações bancárias.

Zé Teixeira também declarou teto de gastos de R$ 1,5 milhão. O patrimônio é de R$ 5,1 milhões, correspondentes a cotas em empresas, propriedades rurais, terrenos, casas e aplicações em bancos.

Neste ano, dos 24 deputados estaduais, 20 buscam a reeleição e pelas razões já citadas são os maiores concorrentes dos outros 246 candidatos que disputam uma cadeira na Assembleia Legislativa. Três dos quatro dos que ficaram fora são veteranos na Casa, Celina Jallad (PMDB) e Antônio Braga (PDT) que estão deixando a política e Akira Otusbo (PMDB) que tenta a Câmara Federal. O salário pago a um deputado estadual é de R$ 12 mil.

(Matéria ampliada às 15h30 para acréscimo de informações)