Rui Gibim Lacerda, advogado do empresário Luis Afonso, 42, acusado de ter esganado e ateado fogo na sua esposa, a arquiteta Eliane Nogueira, de 39 anos no último dia 2 de julho, disse ao Midiamax que fará “o pedido de revogação da preventiva no momento certo”.

O advogado não quis entrar em detalhes de como será feito a defesa de seu cliente e quais pontos ele irá explorar para provar que Luis Afonso é inocente.

Luiz Afonso estava preso temporariamente no 4º DP, desde o dia 2 de julho quando foi detido como principal suspeito do crime. Ontem, o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Garcete, acatou o pedido de prisão preventiva solicitado pela polícia civil.

O magistrado acatou a denúncia do Ministério Público Estadual, o que torna Luis Afonso formalmente acusado de homicídio qualificado, crime que pode motivar pena máxima, ou 30 anos de prisão. Ele teria esganado Eliane, e depois ateado fogo ao carro da vítima. O empresário também responderá pelo crime de incêndio.

Luiz Afonso está sendo levado o Presídio de Trânsito porque tem ensino superior, ele é formado em Direito. No presídio, Luiz Afonso ficará em uma cela comum.

O Caso

Eliane Nogueira foi encontrada carbonizada em seu próprio veículo no dia 2 de julho, na região do bairro Tiradentes. Desde então foi aberto inquérito policial e o ex-marido da arquiteta está preso, sendo o único acusado.

Durante a investigação, foram descobertas provas que incriminaram o empresário, como, por exemplo, pedaços da camisa do acusado no corpo carbonizado de Eliane. Imagens captadas pelo circuito interno de uma conveniência situada a 1,4 mil metros do local do crime, mostraram o empresário passando por lá com o carro da arquiteta, depois retornado a pé.

O depoimento de um taxista que levou Luiz Afonso até a empresa na madrugada do crime também reforça a tese de que o empresário matou a ex-mulher.

Das investigações, ainda faltam o resultado de dois laudos: o do vídeo da conveniência e do DNA dos resíduos encontrados n as unhas do empresário.

“Confissão”

Durante as investigações, o empresário não confessou o crime em depoimento oficial, mas segundo o delegado Wellington de Oliveira, responsável pelo caso, em conversas com ele, o empresário confessou o crime quando ele informou ao empresário que, de acordo com o laudo necroscópico, a sua mulher tinha sido queimada viva, ou seja, ela foi esganada e depois morreu quando foi colocado fogo no seu carro com ela dentro.

Ao saber disso, o empresário teria dito ao delegado que havia pensado que sua esposa estava morta quando colocou fogo no carro da mulher.