O deputado estadual Paulo Duarte (PT) avalia que interpretação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) segundo a qual coligações regionais que tem mais um candidato a presidente da República não podem inserir a imagem e a voz de presidenciáveis em suas programações eleitorais de rádio e de tevê “não é boa para a campanha de Zeca do PT”.

Duarte explica que um dos pontos principais da campanha petista é vincular obras públicas de MS ao governo federal, daí ser importante a participação da presidenciável petista, Dilma Rousseff, apelidada pelo presidente Lula de mãe do PAC (Programa de Acelaração do Crescimento) que tem empreendimentos em todo País.

O deputado reclama que o governo estadual tem tomando para si a paternidade de obras executadas com recursos federais. “Recentemente, o governo do Estado colocou placa sua no anel viário de Corumbá. Todo o dinheiro é federal, eles [governo local] só entraram com o discurso”, conta.

O parlamentar revela que entre os petistas locais a vinculação de Zeca com Dilma é sim considerada importante. “Se não pode até confundir a população. Era importante que se soubesse que Zeca está com Dilma”, salienta.

O petista lamenta que as interpretações do TSE sejam divulgadas a poucos dias da campanha eleitoral e reclama do Congresso. “Acho que deveria haver uma reforma política profunda. Se não vamos ter que ficar eternamente fazendo consultas para saber o que pode e não pode”, reclama.

A regra nova foi anunciada nesta quarta-feira (29) pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), após o PPS nacional consultar a Corte. André Puccinelli preferiu não comentar a medida por ainda não ter lido a resolução.

Já o candidato Zeca do PT disse, durante entrevista coletiva na tarde de quarta-feira, que ainda precisa interpretar a medida, mas acredita que não deve ser prejudicado. “Campanha vamos fazer no chão, no palanque, e vou subir no palanque da Dilma e da Marina, que também vão pedir votos para mim”, afirmou.