O documento ao qual teve acesso o vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, sobre a quebra do seu sigilo na Receita Federal, mostra que também foram investigados outros tucanos ou pessoas ligadas à cúpula do partido.

Do conteúdo obtido por ele, constam pelo menos os nomes de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil, Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro das Telecomunicações, e Gregório Marin Preciado, ex-sócio do candidato à presidência, José Serra. Segundo Jorge, ainda há mais pessoas ligadas ao partido citadas no documento.

Essas informações foram obtidas por meio de um acesso por computador dentro das próprias dependências da Receita.

Eduardo Jorge conseguiu ontem acesso ao inquérito feito sobre ele por meio de liminar da Justiça de Brasília. Ontem mesmo, sua advogada foi à sede da Receita Federal e entregou à noite o documento ao vice-presidente do PSDB, conforme revelou o Poder Online.

Segundo EJ, como é conhecido, pelos documentos, é nítida a vontade de se produzir um dossiê contra o partido, a partir das declarações dos tucanos de 2009 e, em alguns casos, de 2008. Segundo ele, porém, não há provas de que o material foi entregue à equipe de campanha de Dilma Rousseff, do PT.

Neste momento, a coordenadoria da Receita Federal está reunida no sétimo andar do prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília. Oficialmente, até agora, Receita Federal e Ministério da Fazenda não se pronunciaram sobre a entrega do inquérito a Eduardo Jorge.