Júnior Mochi (PMDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB) disputam a presidência da Comissão, e o petista Amarildo Cruz estaria propenso a apoiar Mochi

A definição sobre quem será o novo presidente da CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final), a mais poderosa da Assembleia porque é porta de entrada de todos os projetos, está nas mãos do deputado petista Amarildo Cruz. Disputam o cargo o atual presidente Júnior Mochi, do PMDB, e o deputado tucano Reinaldo Azambuja.

Mochi tem o apoio de Maurício Picarelli, do seu partido. Azambuja conta com o voto de Antônio Arroyo, do PR, que, no entanto, prefere se definir como indeciso. Portanto, quem Amarildo apoiar pode vencer a disputa. E o petista está numa situação complicada: já teria se comprometido a votar em Júnior Mochi, decisão que desagrada outros membros da bancada petista.

Amanhã, às 8 horas, a questão pode ser definida. Amarildo argumenta que em nível nacional o adversário do PT é o PSDB. Já o deputado Paulo Duarte lembra que no Estado, o PMDB é o adversário. Mesmo raciocínio tem o deputado Pedro Kemp, o que já demonstra racha na bancada petista. Falta ser ouvido o deputado Pedro Teruel a respeito, não havia chegado à sessão até as 10h. A bancada deve se reunir hoje para discutir o assunto.

Kemp entende que seria melhor fazer um contraponto ao governo votando em Reinaldo Azambuja, que é menos próximo a André Puccinelli do que Júnior Mochi.

De qualquer forma, se for voto vencido na bancada, ainda assim Amarildo Cruz pode insistir no apoio a Mochi. Seu argumento é de que a decisão cabe “ao representante do partido” na Comissão, ou seja, ele.

As articulações são intensas e pode sair ainda hoje ainda uma definição. Júnior Mochi tenta conseguir o voto de Arroyo e isolar Azambuja.