O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) fundado pela ex-senadora Heloisa Helena disputa sozinho as eleições em Mato Grosso do Sul. Lançou candidatos ao governo do Estado, Senado, deputados federais e estaduais. Porém, vive confusão interna que pode atrapalhar o desempenho do pequeno partido nas urnas.

Hoje à noite, por exemplo, está prevista uma reunião da comissão executiva para substituir o candidato ao Senado da legenda Jorge Batista. Os motivos seriam a falta de regularidade na filiação dele que não foi confirmada pelo candidato e ainda uma ação que ele responde por agressão física, segundo informação do presidente regional do PSol, Lucien Rezende.

A escolha do candidato ao governo também foi marcada por controversas internas. Militantes ligados ao presidente do diretório de Campo Grande, Henrique Martini, que faz oposição ao grupo que hoje comanda o diretório regional tenta impugnar o candidato ao governo Nei Braga. “O partido está assim, tem gente que quer construir e tem gente que quer destruir”, reclama Nei Braga.

Senado

O próprio Lucien é um dos postulantes ao cargo de candidato a senador. Segundo ele, há ainda outros dois filiados em estudo, um militante de Corumbá e outro de Dourados que pediram para ter os nomes preservados até a definição interna.

Lucien afirma que não é possível manter Jorge Batista no posto porque acredita que o pedido dele será cassado pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul devido à falta de regularidade na filiação. O órgão cumpre fase de avaliação dos pedidos de registros das candidaturas.

Conforme Lucien, o partido não tomou conhecimento a tempo de que a filiação de Batista não teria se efetivado, provavelmente, por falha na apresentação dos dados. “Nós já enfrentamos esta mesma situação com um candidato nas eleições de 2008 em Corumbá e a Justiça cassou o registro”, relembra. 

Jorge não foi localizado no início desta manhã, mas segundo informações de militantes, não estaria satisfeito com a decisão da legenda de substituí-lo. Ele acredita que Lucien esteja trabalhando para ser ele o candidato do partido ao Senado.

Além do mais, ele já estaria em busca de regularizar a situação de seu registro junto ao TRE-MS e a ação por agressão física que Batista responde só vai ser julgada no mês de setembro.

Governo

Nei Braga diz que enfrenta “desestressado” o pedido de impugnação de correligionários. O grupo de oposição também alega irregularidades na filiação de Braga, que teria assinado a ficha fora do prazo previsto em lei, situação que o candidato prefere não comentar. “Eu só sei que esta confusão toda já está nos atrapalhando”, admite o candidato ao governo.

Além dos candidatos ao governo e ao Senado, o Psol lançou ainda três nomes a deputado federal e seis a estadual.