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Após pesquisa Datafolha apontar oito pontos de vantagem para a petista Dilma Rousseff na corrida presidencial, o PSDB de Mato Grosso do Sul está em busca de motivação interna. Hoje, pela manhã, a cúpula tucana se reuniu no Diretório Regional para tratar da campanha do presidenciável José Serra no Estado.

Embora, em pesquisas internas do PSDB, Serra ainda esteja na dianteira na preferência do eleitorado sul-mato-grossense, os tucanos traçaram estratégias para fortalecer a campanha.

Querem massificar a candidatura de Serra nas maiores cidades do Estado e, paralelamente, cobrar mais envolvimento dos candidatos as cargos proporcionais (deputados estaduais e federais) na campanha serrista, segundo o secretário-geral do partido, Enelvo Felini.

Amanhã, o Diretório Regional receberá um lote de materiais de campanha de Serra que será distribuído entre os aliados. Uma amostra foi exibida hoje no diretório.

Há um folheto com as principais realizações de Serra como Ministro da Saúde e as principais promessas de campanha. Serão entregues ainda adesivos para carros, um pequeno cartão com foto e frases do tucano, entre outros materiais.

Os tucanos também discutiram a participação do governador André Puccinelli (PMDB) na campanha de Serra. Felini disse que a avaliação geral é de que Puccinelli tem sido enfático em seus atos de campanha.

O problema é que nem todos os partidos aliados ao governador defendem a candidatura do tucano, pois estão com Dilma Rousseff. Além disso, há uma divisão no próprio PMDB. O prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), por exemplo, pede votos para Dilma.

“Então quando os dois [Nelsinho e Puccinelli] estão no mesmo palanque, o governador adota um respeitoso para não ferir o parceiro de legenda”, comenta Felini.

Analisada toda esta situação, a cúpula local do PSDB decidiu conclamar todos os candidatos a deputado estadual e federal, não só do partido, mas das legendas aliadas a Serra, para que sejam enfáticos na defesa do tucano.

No Estado, apóiam a candidatura de Serra, legendas como DEM, PPS, PTB, PTdoB e PMN.

“MS representa menos de 2% do eleitorado nacional, mesmo assim fazemos questão de mostrar para a Nacional o bom desempenho de Serra no Estado”, diz Felini. O próprio Serra é esperado em MS ao final do mês, mas agenda ainda depende de confirmação.

Em busca de motivação

Sobre a pesquisa que colocou Dilma oito pontos a frente, Felini explica que o partido está trabalhando a motivação interna e já identificou, em parte, a origem do problema. “Temos que nos recuperar nos grandes colégios eleitorais como Minas Gerais e São Paulo”, revela.

Pelo levantamento, Dilma tem 41 por cento das intenções de voto, Serra aparece com 33 por cento e Marina Silva (PV) tem 10 por cento. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Na pesquisa anterior, divulgada em 24 de julho, o Datafolha mostrava empate técnico entre Dilma e Serra.

O tucano tinha 37 por cento e a petista aparecia com 36 por cento. Marina Silva também estava com 10 por cento. Os outros candidatos não chegaram a 1 por cento cada. Brancos e nulos somaram 5 por cento e os que não sabem, 9 por cento.

Hoje à tarde, a vice-presidente nacional do PSDB, senadora Marisa Serrano participa de reuniões com a cúpula tucana em São Paulo, para rediscutir estratégias de campanha.