Protesto contra assassinato de jovem de 17 anos atrai multidão no Jardim Tarumã

Paulo Henrique levou um tiro de assaltante que invandiu supermercado; adolescente trabalhava em bicicletaria ao lado quando atingido

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Paulo Henrique levou um tiro de assaltante que invandiu supermercado; adolescente trabalhava em bicicletaria ao lado quando atingido

Ao menos duas mil pessoas, segundo cálculos da Polícia de Trânsito de Campo Grande, participaram na tarde deste domingo de um manifesto contra o assassinato de um adolescente ocorrido na quarta-feira passada, durante um assalto numa mercearia, no Jardim Tarumã.

O protesto encheu as ruas do bairro com pedestres, motocicletas e carros. Os manifestantes carregavam faixas com escritos expressando críticas dos moradores contra a violência e falta de segurança na região.

Paulo Henrique Rodrigues tinha 17 anos e morreu com um tiro nas costas. Dois homens, já presos, invadiram um supermercado e saíram de lá atirando. O rapaz estava do outro lado da rua, na bicicletaria, onde trabalhava. Ele morreu ao ser socorrido.

A mãe da vítima, Maria Aparecida dos Santos, disse que não sabia onde achou “forças” para participar do protesto e que o episódio vivido por ela não deveria acontecer com nenhuma mãe.

Já Ivanildo a Silva Neres, padrastro do adolescente, reclamou que no local apenas uma viatura policial cuida da segurança de ao menos três bairros.

O protesto atraiu ainda além de parentes, amigos e familiares da vítima a família de Rogério Mendonça, o garotinho de dois anos de idade morto a tiro em novembro passado, em Campo Grande, numa briga de trânsito.

De acordo com os organizadores do protesto no Tarumã, os manifestantes caminharam por uns cinco quilômetros, atravessando as principais ruas do bairro. Ao menos 1.500 camisetas com a fotografia do adolescente morto foram distribuídas.

Na quarta-feira que vem acontece mais um protesto contra a violência em Campo Grande. Desta vez, o ato ocorre na praça Ari Coelho, eixo central da cidade. A família de Rogérinho prepara um protesto contra a liberdade do jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, autor do disparo que matou a criança.

(Colaborou: Paulo Xavier)

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