A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, falou neste sábado (7) que seu programa no horário eleitoral gratuito, de cerca de um minuto e meio, terá “poder de síntese” e apresentará “surpresas”. O horário eleitoral começa em 17 de agosto.

Antes gravação de seu programa, em um estúdio na capital paulista, ela afirmou: “A equipe vai ter poder de síntese para mostrar o que queremos. (…) O programa será uma grande surpresa. (…) O programa é tão curto e a surpresa será adaptada ao tamanho do programa. É como aqueles bons perfumes: frasquinho pequeninho, mas potente”.

Marina afirmou que está gravando programas para o horário eleitoral há três semanas. Ela disse já ter experiência em ter pouco tempo para apresentar suas propostas e lembrou da campanha para deputada federal constituinte, em 1986. Disse que, como não tinha dinheiro para produção, uma TV local do Acre, emprestou o estúdio para ela e para o ambientalista Chico Mendes, assassinado em 1988.

“Eu e Chico Mendes tínhamos um minuto. Eram 30 segundos para ele e 30 segundos para mim. Essa coisa de pouco tempo já tenho trabalhado há muitos anos”, disse.

Ibope
Marina Silva também comentou o resultado da pesquisa Ibope, divulgada na noite de sexta (6), que apontou estabilidade na disputa. O Ibope mostrou Dilma Rousseff (PT) com 39% das intenções de voto e José Serra com 34% – os dois mantiveram o percentual da pesquisa anterior. Marina Silva, que tinha 7%, oscilou para 8%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

“Vejo como o começo. Estamos no começo e o começo está muito bom. Tivemos o debate (na última quinta-feira, na TV Bandeirantes) e agora vão começar os programas. É um começo”, disse.

MP 487
A candidata também criticou a Medida Provisória (MP) 487, que autoriza os estados a contraírem empréstimos mesmo sem cumprir metas do plano de ajuste fiscal. Marina disse que, no Congresso, foram apresentadas emendas à MP que repassam ao consumidor o custo com o atraso na construção de hidrelétricas. “É um problema de má gestão que pode ser transferido ao consumidor”, criticou.