Prefeito quer acabar com circulação de dinheiro em ônibus

Desta forma evitaria os assaltos, argumenta Nelsinho; uma das medidas seria congelar a tarifa para recarga no cartão e elevar o preço para pagamento em dinheiro; Agência analisa amanhã planilha de reajuste

O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) defende o fim da circulação de dinheiro nos ônibus como medida para acabar com os assaltos. Ele disse que vai estudar soluções encontradas por outras cidades e pode implantar o novo sistema já a partir de março, data do reajuste da tarifa de ônibus em Campo Grande. “O cartão é de graça, as pessoas têm que usar o cartão”, afirmou.

Na noite da quarta-feira, o motorista Francisco Veimar de Souza, de 58 anos, foi esfaqueado durante um assalto na avenida Duque de Caxias. Dois dias depois, os ônibus pararam por cinco minutos enquanto a categoria protestava, na praça Ary Coelho. Em 2009 foram registrados 580 assaltos a ônibus em Campo Grande, só no mês de janeiro deste ano, já somam 106 ocorrências.

O prefeito evita falar sobre o assunto. Garante que não lhe foi feita nenhuma sugestão pelas empresas e que começa nesta semana a analisar a planilha. A Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos marcou para amanhã a reunião com os conselheiros para apresentar a planilha.

Campo Grande tem uma das tarifas mais caras do transporte coletivo do País. Se houver reajuste, volta a ser a número um em carestia, posto que perdeu há poucos meses porque outras cidades já elevaram as tarifas neste ano. Para quem usa cartão, o passe custa R$ 2,30; para pagamento em dinheiro o preço é R$ 2,50.