Vandalismo deixa praças públicas sem banheiros, explica Prefeitura; por outro lado, população reclama

A falta de banheiros nas duas principais praças do Centro de Campo Grande, a Ary Coelho e a do Rádio Clube, tem sido problema. Os locais foram transformados em mictórios. O cheiro forte de urina é apenas um exemplo do problema constatado.

Na Ary Coelho, entre as ruas 15 de novembro, 13 de maio, 14 de Julho e Avenida Afonso Pena, todos os dias milhares de pessoas passam pelo local. A praça que no passado era o único cemitério da cidade evoluiu, ganhou prestígio, é ponto de referência àqueles que chegam na cidade, mas hoje, enfrenta a decadência.

A Prefeitura informou que foram muitas reformas, mas as ações dos vândalos fizeram com que o poder público tomasse medida extrema e interditasse os banheiros.

Já a Praça do Rádio Clube, situada entre a Afonso Pena, Pedro Celestino, Padre João Cripa e Barão do Rio Branco, foi alvo de criticas pela falta de banheiro durante evento da Saúde no último sábado (19). Para alguns, a saída foi usar as árvores como mictório.

“Tem que ir ao mato mesmo, se arruma já estragam em seguida”, argumentou o aposentado Justino de Andrade, 72, na Praça Ary Coelho.

“É complicado, principalmente quando se necessita usar um banheiro. O problema é que arruma aí vem vândalo e acaba com tudo. Teria de ter alguém fiscalizando o local”, disse o técnico contábil Augusto Cézar Coura, 44, quando procurava o banheiro para usar.

A mesma situação acontece na Praça do Rádio Clube, só que diferentemente da Ary Coelho, no local não há banheiros. “Tinha que ter né? Agora mesmo eu estou ‘apertada’ e terei de ir para casa”, disse a diarista Jane de Araújo, 51.

A saída encontrada por quem passa pelo local tem sido também até uma obra abandonada que fica na Avenida Afonso Pena bem em frente à praça, ou, buscar o comércio da redondeza.

A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que a orientação é instalar banheiros químicos apenas em dias de eventos públicos.