Possível licenciamento de Lula revela insegurança do PT, diz Marina Silva

A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV ao Palácio do Planalto, disse nesta quinta-feira que o possível licenciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Presidência da República revela insegurança do PT em relação à campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Segundo ela, o governante eleito deve afirmar sua liderança durante a […]

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A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV ao Palácio do Planalto, disse nesta quinta-feira que o possível licenciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da Presidência da República revela insegurança do PT em relação à campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Segundo ela, o governante eleito deve afirmar sua liderança durante a campanha e não após ganhar as eleições.

“O momento de ganhar as eleições é também o momento de afirmação dessa liderança. Se isso se confirmar [Lula se licenciar], talvez seja uma certa insegurança com o processo político. Estamos aguardando os fatos”, afirmou a senadora, no Rio, onde participa de seminário do Funbio (Fundo Brasileiro para a Biodiversidade).

Marina minimizou a subida de Dilma nas últimas pesquisas de intenção de voto. Ela lembrou que a ministra permaneceu abaixo dos 10% durante um longo período, mesmo com o apoio de Lula. Para a senadora, as pesquisas não demonstram “algo já estabelecido” e sim mostra a “fotografia do momento”.

“É um processo. Não se pode olhar para as pesquisas como se fosse algo já estabelecido. Há muita água para rolar embaixo dessa ponte”, afirmou.

Sobre a participação de Dilma e do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), em inaugurações de obras no país, Marina afirmou que há “forte sinalização” de uso da máquina pública para promover os pré-candidatos. Ela, no entanto, admitiu que há uma dificuldade natural em se estabelecer uma separação entre atos do Executivo e dos políticos.

“O cuidado deve ser redobrado para que a lei seja observada e para que não haja desequilíbrio em termos de equidade no processo da disputa. Isso, em muitos momentos, fica claramente quebrado”, disse.

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