Se é verdade que dinheiro não traz felicidade, também ficou claro que crescimento econômico é insuficiente para eliminar a pobreza. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que mostra a evolução das taxas de pobreza e desigualdade por estado e região do País estampa o paradoxo: nos últimos 15 anos a pobreza recuou mais justamente na região onde o Produto Interno Bruto (PIB) per capita cresceu menos. E vice-versa.

De acordo com o Ipea, a região Centro-Oeste registrou de 1995 a 2008 o maior ritmo médio anual de expansão do PIB per capita 5,3% do País, embora tenha sido simultaneamente a região do Brasil com o pior desempenho em termos de redução média anual da taxa de pobreza absoluta (-0,9%) e a segunda na diminuição média anual da taxa de pobreza extrema (-2,3%).

Paralelamente, a região Sul, que registrou o menor ritmo de expansão médio anual do PIB por habitante (2,3%) foi a região do País que registrou o melhor desempenho em termos de redução nas taxas de pobreza absoluta (-3,0%) e extrema (-3,7%) entre 1995 e 2008.